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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Aconselhamento psicologico (Artigo)

Por Carlos Nivagara
Originado nos Estados Unidos por volta de 1910, o aconselhamento foi fundado com o intuito de Orientação infantil e juvenil, porém a técnica que dominou entre as décadas de 20 e 60 foram as de psicodiagnóstico. No Brasil, o campo do Aconselhamento Psicológico começou a se desenvolver somente por volta da década de 70.
Segundo Suyane Elias Comar, aconselhamento Psicológico tem como teoria a de Carl Rogers com a abordagem centrada na pessoa, em seus sentimentos, conflitos e percepções, acreditando na potencialidade do homem e consequentemente capacidade de crescer e dar novos significados a sua vida. Neste caso, a sua técnica está relacionada à resolução de problemas, a tomada de decisões e ao autoconhecimento, permite a pessoa trabalhar com seus recursos em um curto espaço de tempo, além de possibilitar o atendimento e acolhimento de uma grande demanda. Esse tipo de apoio tem acção educativa, preventiva e situacional voltada para soluções de problemas imediatos, é mais direccionada a acção do que a reflexão com sentido preventivo. Esse atendimento se trata de um momento onde a pessoa pode se recuperar e encontrar abrigo durante a sua caminhada.
Diferente de dar conselhos, o aconselhamento Psicológico tem como foco facilitar o processo de escolhas do paciente nas decisões que deve tomar quanto à profissão, família, relacionamento e etc. Não existe um caso específico, algumas pessoas buscam o Aconselhamento para simplesmente poderem conversar, outras para saberem algumas informações e algumas ainda possuem quadros graves e poderão ser encaminhadas a psicoterapia[1].
Define-se Aconselhamento Psicológico como a ajuda prestada por um Psicólogo Clínico com vista a melhoraria da sensação de bem-estar, alívio de um sintoma específico ou resolução de uma crise. Ou seja, funciona bem em situações pontuais mas não permite o tratamento eficaz de psicopatologia.
Sendo assim, o objectivo do Apoio e Aconselhamento Psicológico é promover o bem-estar psicológico de todas as pessoas que a ele recorrem. O psicólogo trabalha em conjunto com a pessoa que o procura, apoiando-a na construção de formas mais autónomas e satisfatórias de gerir os seus desafios ou dificuldades.
Por outro lado, num mercado competitivo em que as organizações exigem o máximo de seus colaboradores é fundamental que se invista em estratégias para o desenvolvimento da excelência.
Aconselhamento não é dar conselho! O termo provém do inglês counseling tendo significado bastante abrangente. Trata-se de uma intervenção psicológica presencial com frequência pontual, que procura levar o usuário à percepção de seu potencial de liderança. Ideal para o desenvolvimento e adaptação de gestores à situações de pressão, frente à necessidade de lidar com projectos estratégicos nas organizações, bem como no gerenciamento de equipes.
E-Coaching é uma variação do aconselhamento. Trata-se de um acompanhamento virtual individualizado, via Internet, em que o usuário tem a oportunidade de actualizar seu potencial criativo e empreendedor, contribuindo para a redução do stress associado às exigências comuns ao mundo corporativo.
Os projectos de Aconselhamento e E-Coaching são desenhados sob medida para cada organização e profissional.
Olhando para a natureza do aconselhamento psicológico, baseamo-nos na abordagem da Liliana da Costa Faria & Maria do Céu Taveira (2011), na qual citam o aconselhamento psicológico vocacional. Como tal, segundo estas autoras, ao longo da história da investigação do processo de aconselhamento psicológico vocacional, dois dos temas com desenvolvimento mais interessante foram: a relação entre os processos de aconselhamento psicológico vocacional e pessoal e, a relação entre os resultados e o processo do aconselhamento psicológico vocacional (Heppner & Heppner, 2007; Heppner & Jordan, 2007; Whiston, Lindeman, Rahardja, & Reed, 2005).
Nos anos 1990, isto é, quase vinte anos depois, surge um interesse renovado pela problemática. Nesta época, vários autores procuraram defender a natureza psicológica do aconselhamento vocacional, a partir de definições que fazem menção explícita aos seus elementos cognitivos e emocionais (Blustein & Spengler, 1995; Gysbers, 2004; Gysbers, Heppner, & Johnston, 2003). Este fato desperta novamente o interesse de investigar esta modalidade de intervenção e compreender os aspectos psicológicos da mudança, no âmbito da carreira.
Este interesse é, no entanto, rapidamente criticado pelos autores que se dedicam a estudar os resultados do aconselhamento psicológico vocacional e que defendem que a investigação desta modalidade de intervenção deve centrar-se nos mecanismos específicos que produzem os resultados da intervenção, uma vez que são estes que justificam a existência de aconselhamento vocacional e contribuem para a sua validação como prática científica.
Por outro lado, verificando-se por exemplo embora não existam receitas relativamente à melhor forma de lidar com jovens com a síndrome de Asperger, existem algumas estratégias que ao serem usadas na sala de aula ajudarão a dar resposta às necessidades educativas especiais destas crianças (Adriana Campos, 2003).
Um entrave à aprendizagem das crianças com esta síndrome é o seu limitado campo de interesses. Frequentemente, estas apresentam uma fixação numa determinada área e recusam aprender tudo o que não se enquadra nessa área específica. Uma estratégia para lidar com esta situação é usar as fixações da criança para abrir o seu reportório de interesses. Se a criança só se interessa por estudar os animais, pode, por exemplo, ser levada a interessar-se pela floresta (casa dos animais) e por tudo aquilo que lhe está associado. Limitar o tempo em que é permitido à criança falar sobre os seus interesses específicos e usar o reforço positivo para aumentar a frequência do comportamento desejado são também estratégias geralmente eficazes.













[1] A Psicoterapia é realizada por um(a) Psicoterapeuta e é um processo mais longo e profundo que permite à pessoa chegar a uma compreensão mais completa de si, das suas características. Esta técnica, realizada por um Especialista, permite que a mudança seja eficaz e permanente, não havendo, quando os processos psicoterapêuticos são completos, o risco de recaídas. Daí que na maioria dos casos, os processos sejam de longa duração. Para que o processo seja eficaz e promova uma mudança eficiente na forma como a pessoa se relaciona com o mundo exterior e lida com as dificuldades inerentes à vida do dia-a-dia, as sessões são necessariamente e no mínimo semanais e continuadas.