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domingo, 28 de dezembro de 2014

Evolução da população


Conceito
Evolução da população é a progressão numérica dos habitantes de uma determinada região num dado período de tempo.
A evolução da população mundial pode dividir se em três fases:
1. Crescimento Lento
Desde os primórdios da humanidade até a primeira metade do século XIX, a natalidade e a oralidade eram no geral, elevadas, facto que explica o baixo índice de crescimento populacional no passado. As elevadas mortalidade tinha como causas principais as epidemias, as precárias condições higiénicas e sanitárias, a fome e as guerras.
2. Crescimento Rápido
Durante a primeira metade do século XX até a década de 1980 assistiu-se a um aumento exponencial do índice do crescimento populacional. Este facto deveu-se ao aumento do desenvolvimento económico e social que resultou na melhoria das condições de vida e na acentuada redução da mortalidade.
3. Crescimento negativo
Actualmente os países desenvolvidos atravessam uma nova fase de redução ou baixos índices de natalidade e mortalidade, o que resulta num baixo índice de crescimento populacional.
4. Explosão demográfica
Os países em desenvolvimento beneficiando das conquistas medicas higiénicas e sanitárias dos países desenvolvidos, reduzem significativamente as taxas de mortalidade mas conservam as taxas de natalidades elevadas.
5. Tendência da evolução da população na actualidade
Actualmente, os Países Desenvolvidos continuam mantendo baixos índices de crescimento natural da população, preservando assim melhores padrões de vida.
Ao contrário, os Países Subdesenvolvidos continuam a manter elevados índices de crescimento natural agravando ainda mais os desequilíbrios existentes entre a população cada vez numerosa e a escassez de bens de subsistência.
De acordo com os níveis actuais das taxas de natalidade e de mortalidade pode-se prever que, no futuro, a população mundial vai evoluir no sentido de desaceleração, isto é, vai evoluir a um ritmo muito lento.
Pois, o custo de vida cada vez mais elevado e a melhoria dos níveis de formação académica e profissional parecem estar a convencer os casais a fazer poucos filhos.


Factores de distribuição Mundial da população
Nos factores de distribuição geográfica da população distinguem-se os factores repulsivos em oposição dos factores atractivos.
Considera-se factores repulsivos todos aqueles que levam as pessoas a sair de uma determinada região para outra e, Factores atractivos todos aqueles que favorecem a habitação humana.
Para o estudo que se pretende nesta lição, vamos somente estudar os factores atractivos da população por serem aqueles que originam a concentração da população, numa determinada região.
No caso específico da Europa, o clima e os recursos naturais são factores atractivos favoráveis à vida humana e originam elevada concentração populacional.
Os factores atractivos podem ser subdivididos em factores físico naturais, socioeconómicos e histórico-culturais.
Factores físico-naturais
Os factores físico-naturais são uma dádiva da natureza: são eles, por exemplo, o relevo, o clima, as características do litoral, a continentalidade, a distribuição geográfica da rede de água, a fertilidades dos solos, a disponibilidade dos recursos naturais (de origem mineral e vegetal) etc.
Nesta lição, interessa-nos identificar aqueles que exercem maior influência na distribuição geográfica da população no continente europeu, designadamente: Relevo, Litoral, Clima

Factores sócio- económicos
São resultantes das transformações humanas na natureza, por isso as regiões mais desenvolvidas como por exemplo a África do sul na SADEC, a Nigéria na África ocidental são considerado potências económicas nas suas regiões e consequentemente os mais populosos.
Factores histórico-culturais
Estão relacionados com os usos, costumes e práticas do homem no passado.

Factores políticos
Em países ou zonas com conflitos, onde há guerras tribais turbulência e insegurança assiste-se ao abandono da região e a concentração da população em locais seguros.
Distribuição da população por continente
As projecções feitas por vários organismos revelam que:
As mudanças de taxa de natalidade afectam o tamanho regional da população e consequentemente, o padrão da população mundial.
A taxa de mortalidade geral esta a decrescer, embora varie de continente para o continente. Por exemplo, a África continua a apresentar uma das taxas de mortalidade mais elevada.
África contribuirá em cerca de 29% para o crescimento da população mundial; a Asia, sem a Índia e a China em cerca de29.5%; a Índia 18%; a China 11%; a América Latina 8.7%; a Europa e a Rússia, 0.6%, Oceania,0.4% e América do Norte 2.9%.
Assim a Asia tem cerca de 60% da população total, a Europa 12%, a América 14%, a África !3% e na Oceânia 0.5%.
O país mais populoso do mundo encontra-se a Asia- é a China. Este país enfrenta problemas ara suportar a sua população, por isso foi imposta uma lei de um filho or cada família para controlar o crescimento demográfico.

Problemas Demográficos- Explosão demográfica:
Causas e Consequências
Explosão demográfica:
Explosão Demográfica é o aumento rápido do número de habitantes de uma dada região, durante um determinado período de tempo.
Causas
As causas da explosão demográfica são: Aumento do número de nascimentos e
Diminuição do número de óbitos
 Consequências
A explosão demográfica, em particular, nos Países Subdesenvolvidos tem as seguintes consequências:
Escassez de bens de consumo alimentar;
Degradação do meio ambiente;
Desemprego; e
Crescimento urbano desordenado associado a problemas de alojamento e perda de identidade cultural.
População e Meio Ambiente: - O Impacto ambiental do assentamento humano
Meio ambiente é o conjunto de elementos e factores indispensáveis à vida, existentes num
dado espaço, onde há um intercâmbio de matérias vivas e não vivas.
Assentamento humano é a fixação do homem numa dada área da superfície terrestre, atraído
pelas condições naturais favoráveis à sua vida e sobrevivência.
De facto, é no meio urbano onde o assentamento humano tem maior impacto. Pois aí verifica-se uma acentuada diminuição de áreas florestais facto que limita a renovação do oxigénio. Isto acontece devido à existência de um número maior de fábricas e veículos que emitem fumo contaminado.
Por isso nos grandes centros urbano-industriais o ar atmosférico encontrasse bastante carregado de impurezas, isto é, contém substâncias prejudiciais à vida dos seres vivos.
Nos últimos anos, os efeitos prejudiciais da poluição do ar atmosférico resultante da emissão de substâncias prejudiciais aumentaram de forma assustadora. Por exemplo, o dióxido de carbono está a provocar a destruição da camada do ozono. O que a pouco e pouco vai permitir a infiltração de raios ultravioletas, pondo em risco a vida na terra, tanto das plantas como dos animais.
Entretanto, o facto de o impacto do assentamento humano ser mais evidente no meio urbano isso não significa que no meio rural não se verifica. Por exemplo, a prática das queimadas e a diminuição de áreas florestais para a prática da agricultura contribuem para a diminuição da
quantidade da chuva; o que aumenta a secura dos solos.

Medidas para evitar os efeitos prejudiciais do assentamento humano no meio ambiente.
Para evitar os efeitos prejudiciais do assentamento humano no meio ambiente torna-se necessário e urgente:
Promover e desenvolver acções de educação e formação do homem, consciencializando-o para o uso racional dos recursos naturais, evitando a prática das queimadas, a destruição das florestas, etc.
Desenvolver uma tecnologia voltada para a reciclagem dos resíduos sólidos;
Usar as fontes de energia que não produzam resíduos que comprometam o meio ambiente.
Planificar adequadamente as actividades produtivas, localizando-as geograficamente próximas das áreas onde há recursos naturais, de forma geral;
Incentivar o plantio de árvores, sobretudo nas cidades, bem como nas zonas que apresentam risco de ocorrência de erosão.


Introdução ao estudo da Agricultura
Agricultura é a domesticação das plantas e dos animais úteis ao homem (Pierre George).
Agricultura é um conjunto de processos, através dos quais o homem consegue obter da terra, pelo plantio, determinados produtos vegetais, que interessam particularmente à sua vida (Josué de Castro).
Agricultura e a artificialização, isto é, transformação pelo homem do meio rural, com
o fim de o tornar mais apto ao desenvolvimento de espécies vegetais e animais, elas próprias
melhoradas (René Dumont).
Factores de Produção Agrícola
Como estudou, anteriormente, a produção agrícola depende de certas condições ou factores. Essas condições podem ser naturais ou humanos
Factores Naturais – chamam factores naturais aos aspectos relacionados com os elementos físicos ou naturais, tais como clima, água, solo e relevo.
Factores Humanos – estes estão directamente relacionados com a dinâmica da vida do homem em sociedade, nomeadamente os aspectos demográficos, sociais, económicos e tecnológicos.

Agricultura Sedentária de Sequeiro


Agricultura sedentária de sequeiro – é a forma de produção agrícola mais evoluída que a itinerante, na qual o grupo que a pratica esta fixo num determinado lugar, recorrendo á técnica de fertilização do solo e, conseqüentemente, relativo aumento dos rendimentos agrícolas.

Características da agricultura sedentária de Sequeiro
A agricultura sedentária de sequeiro apresenta as seguintes características:
Esta forma de exploração agrícola fixa o homem na terra, ou seja, é sedentário;
É agricultura intensiva, procurando-se produzir mais num espaço menor.
O povoamento pode ser concentrado, formando aldeias ou disperso, onde cada família constrói a sua casa no interior da sua propriedade, porque os terrenos já foram preparados e os trabalhos são menos pesados que no sistema anterior
É uma agricultura associada à criação de gado. Normalmente, usam-se os excrementos desse gado como fertilizantes para a terra, evitando-se assim, o seu rápido empobrecimento. Alem disso, contribui para a melhoria da dieta alimentar.
As técnicas e os instrumentos agrícolas são relativamente mais engenhosos, ou seja, mais evoluídos, se comparado a agricultura itinerante;
As técnicas são o recurso às queimadas, afolhamento com ou sem pousio (que consiste na divisão da terra em partes chamadas por folhas, deixando uma das folhas a repousar, ou seja, a descansar).
Quando a propriedade é dividida por folhas chama-se afolhantobienal, ou seja, dois anos, quando são trienal três anos.
Os instrumentos usados, neste tipo de agricultura, é a enxada, a charrua puxada por bois, tal como fazemos nas nossas comunidades.
Como resultado da melhoria das técnicas e instrumentos de produção, os rendimentos são relativamente altos.
A finalidade, ou seja, o objectivo desta agricultura é de alimentar a família ou a comunidade.
É uma agricultura policultural. Ela consiste na diversificação de espécies de plantas e animais, o que ajuda a melhorar a dieta alimentar das pessoas.
É uma agricultura praticada em regiões de forte densidade populacional, ou seja, com maior pressão demográfica
Localização geográfica da agricultura sedentária de sequeiro
A agricultura sedentária de sequeiro predomina no mundo tropical mas é no continente africano que ganha a sua maior expressão e em Moçambique, em particular.

Agricultura Irrigada
Tipos de agricultura
No mundo tropical, predominam dois tipos
Agricultura na Ásia das monções
Agricultura nos oásis.
Agricultura na Ásia das Monções
Este tipo de agricultura é praticada nas regiões húmidas. Como, você, estudou o clima
 tropical de monção apresenta duas estações: verão e inverno, sendo o verão quente e
 muito chuvosa provocando, com freqüência, inundações, ou seja cheias. Alem das
 cheias periódicas, a região é rica em cursos de água que transbordam  e fertilizam o solo
 ao longo dos vales fluviais.
As regiões óptimas para a produção agrícola são insuficientes para alimentar uma popu-
lação tão numerosa, necessitando, assim, de ampliar a área de cultivo através de sistemas
 de irrigação.
Características da agricultura na Ásia das monções
Este tipo de agricultura apresenta as seguintes características:
A cultura do arroz, ou seja, a rizicultura determina as paisagens rurais. Nas áreas não
 inundáveis, ou na época seca, produz-se culturas como a batata, ervilhas,soja etc.
É um tipo de agricultura extremamente intensiva, procurando-se aproveitar no máximo
 a terra cultivada;
A intensidade da produção agrícola deve-se à grande a disponibilidade de mão-de-obra.
 Tratando-se da região mais povoada do mundo, a mão-de-obra é abundante nos campos e, por isso, o trabalho é muito munincioso, isto é, tratamento cuidadoso das culturas;
As parcelas agrícolas são de dimensões menores, para se poder satisfazer a abundante
 população.
Como os trabalhos de preparação dos terrenos são bastante pesados, o homem é auxiliado pelos animais tais como, o boi e o búfalo que vão puxando a charrua e lavrando a terra.
A terra é fertilizada com adubo verde, consistindo em enterrar capim folhas e ervas, durante um período de, sensivelmente, um mês. Para além do adubo verde, usam-se os excrementos dos animais e mesmo do próprio homem
É agricultura de altos rendimentos, podendo colher, num ano, duas ou três vezes;
Pela necessidade de um aproveitamento racional da terra arável, o pousio é aqui desconhecido;
Os agricultores agrupam-se em aldeias fechadas, formando um povoamento ou habitat agrupado ou concentrado.

Localização da agricultura na Ásia das Monções
A agricultura irrigada na Ásia das monções é feita nas áreas atingidas pelas inundações
 pelos rios que cortam as planícies da região, podendo destacar o Indo, Ganges, na Índia, Yang Tzi Kiang, na China.
Agricultura nos Oásis
Oásis – é um lugar no deserto onde existe água,cresce vegetação e, consequentimente, pode-se praticar a agricultura.
Tipos de oásis.
Agora vai estudar como é que surgem esses lugares.
1º Aprendeu na disciplina de História, que o rio Nilo é uma dádiva ou presente ao povo do Egipto, porque é no seu vale onde havia condições para o desenvolvimento da agricultura. Logo, é a única zona que assegurava a sobrevivência  da sociedade egípcia naquela época. Neste caso, oásis é o vale de um rio que atravessa regiões desérticas.
2º Aprendeu na disciplina de Geografia da 8ª classe que a água que cai na superfície em forma de chuva infiltra-se no solo e acumula-se no seu interior.
Quando, no seu movimento de cima para baixo, encontra uma camada impermeável, isto é, que não deixa passar a água para as camadas mais profundas, acumula-se e forma-se um rio subterrâneo também chamado lençol  de água, toalha freática ou água subterrânea. Neste caso, o oásis surge quando o lençol de água está junto á superfície ou perto da superfície podendo  humedecer o solo e permitir a prática da agricultura.
3º Finalmente, os oásis surgem na base da montanha (sopé da montanha).
Como você aprendeu nas classes anteriores, a temperatura diminui com o aumento da altitude. Assim, dependendo da altitude, forma-se neve durante a noite ou inverno que, ao dereter durante o dia ou verão, devido ao aumento da temperatura, a água escorre ao longo das encostas das montanhas,acumulando-se na sua base.
Dos três tipos de oásis estudados, designadamente vales dos rios que atravessam os desertos, lençóis freáticos situados próximo da superfície terrestre e sopé das montanhas, tem maior impacto os oásis dos vales fluvias por serem mais extensos e poderem garantir a subsistência à população
Característica da agricultura no Oasis12
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As parcelas de terra cultivadas são muito pequenas;
A existência do gado coloca alguns problemas, pois não há pastos naturais para a sua alimentação.
O solo é tão pobre que nem a irrigação nem adubação conseguem impedir a existência do pousio;
Trata de um sistema intensivo pelo trabalho que exige, mas menos extensivo pelos rendimentos agrícolas que proporciona;
As tamareiras e as palmeiras são árvores de grande valor econômica , pois protegem as culturas agrícolas da forte insolação,ou seja, da forte radiação solar e;
O povoamento, habitat, tal como acontece na Ásia das monções, é agrupado e fora dos oásis. Os oásis apresentam forte pressão demográfica sendo, por isso, regiões de maior densidade populacional.
Para além do vale do rio Nilo, no deserto de Saara,este tipo de agricultura desenvolve-se nos vales dos rios Tigre e Eufrates (Mesopotâmia), no deserto da Arábia e na região drenada pelo curso superior de rio Indo e seus 4 principais afluentes (Pendjab).
Agricultura de Plantações
A agricultura de plantações – é a forma de produção  agrícola criada pelos países europeus nas suas colônias, após os descobrimentos, com o objectivo de obter produtos tropicais destinados ao consumo e fornecimento de matérias primas às suas indústrias na Europa.
Características da agricultura de plantações
O objectivo principal das plantações é produzir em massa ou seja em grandes quantidades os produtos largamente consumidos nos países industrializados
A agricultura das plantações está ligada às condições especiais de clima (o clima tropical) e à existência de uma rede de transportes eficientes para levar os produtos dos centros de produção (da colônia) aos  grandes centros consumidores, situados noutro continente, Europa e América do Norte;
Os campos agrícolas localizam-se, de preferência, junto à costa, concretamente aos portos de exportação, pela necessidade de escoar facilmente os produtos,;
Por esta razão, existe uma separação muito grande entre a área de produção, onde as culturas agrícolas são produzidas (por exemplo, Moçambique) e a de consumo, por exemplo, Portugal;
A mão-de-obra foi, inicialmente, escrava. Mas, com a abolição do tráfico de escravos, passou a ser assalariada;
Cultiva-se uma só cultura numa vasta área, monocultura, para a alimentação.
É uma agricultura mecanizada e modernizada;
É feita em vastas extensões de Terra;
Os proprietários detêm a comercialização dos produtos e impõem os preços dos produtos no mercado,
Exige avultados investimentos para a construção de infra-estruturas,
Tem como objectivo a obtenção do máximo lucro;
Usa técnicas modernas,
Transformações ocorridas nas plantações
As transformações que tem estado a ocorrer nas plantações são:
Transformação das monoculturas em policulturas, devido ao esgotamento rápido do solo e às crises de superprodução, que consistem em produzir mais do que a capacidade de consumo
As independências contribuíram para a valorização da mão-de-obra,que passou a exigir melhores salários e melhores condições de trabalho, o que conduziu à introdução de um sistema mais intensivo e mais científica.
Localização geográfica da agricultura de plantações
A agricultura de plantações predomina no mundo tropical, mas ganhou maior importância na América latina, desde o México até ao sul do continente americano e no África junto à costa, em particular, na costa ocidental.

Agricultura e os problemas ambientais
As queimadas são uma técnica ou prática muito usada na nossa sociedade, no contexto da agricultura tradicional. Esta prática, por um lado, facilita o trabalho de preparação dos campos e as cinzas fertilizam os campos, por outro, degrada ou seja, envelhece
definitivamente os campos, pois o calor produzido sobre a superfície conduz à migração ascendente, dos elementos químicos do solo dissolvido em água. Estes elementos químicos, normalmente, acumularem-se junto à superfície terrestre, formando camadas duras chamadas cristas salinas ou couraças lateríticas.
No sistema moderno
Uma das características da agricultura moderna é a prática da monocultura.
Esta forma de produção também cria certo tipo de problemas ambientais.
Estes são, apenas, alguns exemplos:
Erosão dos solos;
Uso não adequado dos adubos e fertilizantes químicos, que leva à degradação dos
 dos solos,
Irrigação não controlada que conduz à lixiviação dos solos, ou seja, lavagem dos solos, diminuindo a fertilidade dos mesmos.
Problemas comuns nos dois sistemas
A domesticação de plantas e animais é responsável pelos seguintes problemas:
Derrube de árvores, destruição da vegetação natural;
Degradação de solos (erosão e seu empobrecimento);
Concentração do Dióxido de Carbono (CO2) da atmosfera, poluição atmosférica;
Destruição da camada de Ozono e alterações climáticas.
Factores da Produção Pecuária
Pecuária – é a arte de criar, tratar e educar o gado.
Pecuária – é o processo de criação de gado, que consiste na domesticação, reprodução e apuramento de raças, que o homem necessita para satisfazer as suas necessidades.
Pecuária – é uma forma de zoocultura, isto é, criação de animais, que se destina à obtenção de produtos e subprodutos de origem animal para o consumo humano ou para fins industriais.
Os tipos de gado mais produzido, a nível mundial são:
Bovino (bois).
Caprino (cabritos)
Ovino ( ovelhas)
Suíno (porcos)
Galináceo (galinhas)
Canino (cães)
Eqüino (cavalos)
Asinino ( burros)
Mular (mula, espécie melhorada, fruto de cruzamento, isto é, união sexual entre um cavalo e uma burra) Destes tipos, são mais produzidos no nosso país os seguintes: Bovino,Caprino,Ovino,Suíno,Galináceos

Factores da Produção Pecuária
Os factores que influenciam a produção na pecuária são: Naturais e humanos ou técnicos
Os factores naturais de produção da pecuária são: o clima, a abundância ou ausência de água e a existência bons pastos.
As características da Pecuária Extensiva são:
O investimento de capital é quase nulo, limitando-se o homem, em alguns casos, na compra das espécies animais.
O gado é criado à solta, ou seja, ao ar livre, ocupando áreas extensas e recebendo poucos cuidados por parte dos criadores.
Quando a criação de animais se destina à venda, no mercado, apresenta duas características, designadamente:
1. o aumento dos rebanhos e
2. a produção de carne, isto é, Pecuária de Corte.
As características da Pecuária Intensiva são as seguintes:
Necessidade de grandes investimentos de capitais (muito dinheiro) para a compra ou construção de instalações para albergar o gado;
Emprega, ou seja, usa técnicas modernas, tais como as vacinas e tratamento médico, alimentação apropriada, selecção e melhoramento das espécies através dos cruzamentos;
O gado passa grande parte do tempo em estábulos, ou seja, em currais.
É uma produção em massa de leite e carne, sendo mais leiteira (produção de leite) do que de corte.
Está virada para o mercado, isto é, para a venda.
Factores de Localização da Pecuária
Os factores naturais da localização da pecuária são:
Clima, água, pastos.
Por exemplo, o camelo pode ser encontrado no clima desértico.
Os factores humanos ou técnicos da produção da pecuária são muito importantes para a o desenvolvimento e modernização da actividade, podendo se destacar os seguintes:
Aumento gradual do consumo nos centros urbanos;
Difusão dos produtos da pecuária, tanto nas cidades como nas zonas rurais
Desenvolvimento dos meios de transporte: transportes modernos mais rápidos e com o sistema de frio, ou seja, transporte frigorífico;
Difusão dos matadouros: lugares onde se abate o gado para o consumo público
Difusão dos frigoríficos, isto é, aparelhos que conservam os produtos no frio, podendo mantê-los em bom estado por mais tempo;
Difusão das indústrias de conserva;
Desenvolvimento da zootecnia, ciência ligada ao tratamento de doenças que atacam as diferentes espécies de animais.
Formas de relação entre a Agricultura e a Pecuária
A relação entre a criação de gado e a prática da Agricultura pode assumir três formas principais: arcaica, integrada e especializada.
Forma arcaica, ou primitiva - verificaram-se quando a Pecuária estava separada da agricultura. A forma arcaica predomina ainda hoje nos locais onde se pratica a Agricultura Itinerante.
Forma Integrada – acontece sempre que a Pecuária está associada à Agricultura, de modo que uma parte das colheitas é destinada à alimentação do gado.
Esta forma caracteriza a Agricultura Seca Sedentária e a Agricultura Irrigada, pois tanto numa, como noutra, o gado não só ajuda o homem nos trabalhos do campo e na fertilização do campo, como também o ajuda na melhoria da sua dieta alimentar.
Forma Especializada – a forma especializada acontece sempre que o plantio de forragens se destina totalmente à alimentação do gado.
Esta é a forma dominante nos países desenvolvidos, que praticam a monocultura especializada, na qual uma vasta área é dedicada à produção de um único produto.

A Revolução Industrial




Designa-se por Revolução Industrial ao Conjunto de transformações económicas e sociais que iniciaram na Inglaterra, nos meados do século XVIII e que mais tarde se espalharam pelo resto da Europa e outras zonas do mundo.
Com essas transformações, a produção manufactureira foi substituída pela maquinofactura, ou seja o trabalho que antes era feito a mão passou a ser feito pela máquina.
A forma de organização da produção e as relações de produção também se alteraram e, como consequência, o volume de produção aumentou.
Os Factores da Revolução Industrial
A Revolução Industrial foi resultado de um processo de evolução da economia influenciado por diferentes factores, entre os quais podemos destacar: A Revolução Agrícola, A Explosão Demográfica, A Navegação e o Comércio, Os Recursos Naturais.
O pioneirismo ingles
A Revolução Industrial teve o seu arranque na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII. Nessa altura o país dispunha de condições privilegiadas que os outros ainda não possuiam nomeadamente: Capital, Recursos naturais, Mercado, Transformação da estrutura agrária, A situação geográfica da Inglaterra e A Sucessão de grandes invenções.
A primeira Fase da Revolução Industrial
A Revolução Industrial teve início na Inglaterra por volta de 1785, com o início da aplicação da máquina a vapor à indústria. A primeira fase estendeu-se então por cerca de 100 anos, até 1870, ao longo dos quais a industrialização esteve quase limitada a Inglaterra. Ao longo desses cerca de 100 anos operou-se um processo de mecanização da produção, até ai manufactureira.
Características
Ø  Uma das características da primeira fase da Revolução Industrial foi a mecanização da produção. Desde que começou a utilização da máquina a vapor na indústria têxtil, por volta de 1780, foram sendo usadas, com cada vez maior frequência, máquinas-ferramentas movidas pela máquina a vapor e que realizavam actividades antes realizadas por vários homens.
Ø  A máquina a vapor tornou-se o motor da Revolução Industrial, pois permitia produzir energia artificialmente, transformando calor em força mecânica. A partir de então, a produção industrial cresceu muito rapidamente.
Ø  O funcionamento das máquinas exigia maior produção de carvão e de ferro o que estimulava a extracção destes minérios. Deste modo o carvão tornou-se a principal fonte energética na primeira fase da Revolução Industrial. Por outro lado o carvão era também usado como matéria prima ao ser associado ao ferro para o fabrico de aço. A grande importância do carvão na indústria inglesa reflectiu-se na localização da indústria ao longo das bacias carboníferas, com o objectivo de dispor facilmente daquela que era a principal fonte energética - o carvão.
Os sectores de arranque
Ø  Os primeiros sinais de arranque da Revolução Industrial deram - se no Sector Têxtil.
Ø  Outro sector de arranque da Revolução Industrial foi a Indústria Metalúrgica
Ø  Outro aspecto que marcou a primeira fase da Revolução Industrial foi o desenvolvimento dos transportes, sobretudo aquáticos e terrestres. Nos princípios do século XIX, começou a aplicação da máquina a vapor nos transportes o que permitiu o surgimento de comboios e do barco a vapor.
A revolução dos transportes estimulou a agricultura e a indústria, pois permitiu que os produtos industriais fossem levados para locais mais distantes.
Portanto o desenvolvimento dos transportes permitiu o alargamento dos
mercados o que, por sua vez, fez baixar o preço dos produtos, melhorando o nível de vida das populações.
A segunda Fase da Revolução Industrial
A partir de cerca de 1870, inicia uma nova série de invenções que revolucionaram a indústria e as formas de vida.
Ao contrário da primeira fase, na segunda, a Revolução desenvolveu-se ao mesmo tempo em vários países, com destaque nos Estados Unidos, Alemanha e França;
O petróleo e a electricidade constituem as novas fontes de energia que alteraram o sistema de produção. Contudo, até 1914 o carvão continuou a ser a principal fonte energética.
Desenvolvimento de novos sectores da indústria a partir de 1870, nomeadamente a Siderurgica e a Indústria Química. O aço que passou a ser utilizado em diferentes sectores como maquinaria, construção civil (edifícios e pontes) e nos transportes (caminhos de ferro, barcos) e ainda na indústria de armamento, passa a ser a matéria prima de maior utilização. Paralelamente desenvolveu-se a indústria de material eléctrico. Surgem grandes empresas como a Philips na Holanda, a Siemens na Alemanha, etc.; crescem as indústrias alimentares; a indústria têxtil, graças a descoberta das fibras artificiais em 1884;
Revolução dos transportes e comunicações (invenção do motor de explosão, invenção do telefone, invenção da rádio, invenção da televisão);
O incremento da especialização e da Divisão social do Trabalho.
A terceira fase da Revolução Industrial
A partir da década de 1920 a indústria entrou numa nova etapa de evolução
– a terceira fase da Revolução industrial. Esta é a era da automação e dos computadores.

Características
A Automação – utilização de máquinas que controlam outras máquinas – a nível da produção, torna-se uma das principais marcas desta época.
Automação é um sistema automático de controle pelo qual os mecanismos verificam seu próprio funcionamento, efetuando medições e introduzindo correções, sem a necessidade da interferência do homem.
A automação diminui os custos e aumenta a velocidade da produção.
Nesta fase surge uma nova fonte de energia - a nuclear, que irá revolucionar o sector energético. Ao contrário do petróleo e do carvão a energia nuclear é quase inesgotável.
A informática surge como nova área de conhecimento; o computador é capaz de realizar operações complexas em muito pouco tempo. Isso permite que se tomem as melhores decisões em tempo útil.
Os transportes registam uma grande modernização, principalmente com o aperfeiçoamento dos transportes aéreos que passam a ser mais rápidos, cómodos e seguros. Por sua vez nos transportes ferroviários surgem as locomotivas eléctricas que permite a estes meios de transporte atingir velocidades elevadíssimas. A China acabou de fabricar um eléctrico capaz de circular a 400Km por hora;
As telecomunicações e comunicações desenvolvem-se graças a utilização dos satélites.
A terceira fase da revolução industrial é uma época de franco progresso a nível da indústria, que se caracteriza pela utilização de novas fontes de energia – a nuclear, pela difusão da automação, pela conquista do espaço e pelo uso generalizado
dos computadores.
A Classificação das Indústrias
Para a classificação das indústrias, tomam-se em conta vários critérios e, como tal, podemos aferir diferentes classificações.

Classificação tradicional
Indústria extractiva, Indústria transformadora, Indústria de Construção e Obras Públicas.
Classificação baseada no peso e valor dos produtos
Consoante o peso e valor dos produtos a indústria pode ser pesada ou ligeira.
Classificação baseada na finalidade ou destino do produto
Indústria de base, Indústria de bens de equipamento, Indústria de bens de consume, Indústria de ponta

Actualmente, a classificaçao mais usada agrupa as indústrias em
Ø  Indústria de bens de equipamento
Produz bens destinados à sua utilização na produção em outras indústrias, tais como produção de máquinas, utensilios e meios de transporte utilitários. Incluem igualmente a produção de bens semi-elaborados para serem transformados noutras indústrias, portanto matérias-primas para outras indústrias.
Ø  Indústria de bens de consumo
Produz bens que se destinam a ser utilizados directamente pelo público consumidor, como por exemplo, vestuário, calçado, aparelhos domésticos, automóveis, etc.
  
Factores de Localização industrial
A escolha da localização das indústrias exige um estudo profundo de diferentes factores que podem tornar a indústria rentável. Entre os diferentes factores que podem influenciar positivamente a localização da indústria pode se apontar a localização de matéria-prima, a localização de fontes de energia, a quantidade e qualidade de mão-de-obra, os mercados consumidores, os transportes e vias de comunicação, a água, o espaço, a poluição, a acção governamental, a inércia geográfica e a tradição e decisão individuais.
Indústria e Meio Ambiente
O que é poluição?
Dá-se o nome de poluição a qualquer degradação (deterioração, estrago) das condições ambientais, do habitat de uma colectividade humana. É uma perda, mesmo que relativa, da qualidade de vida em resultado de mudanças ambientais.
São chamados de poluentes os agentes que provocam a poluição, como um ruído excessivo, um gás nocivo na atmosfera, detritos que sujam os rios ou praias ou ainda um cartaz publicitário que degrada o aspecto visual de uma paisagem.
A poluição atmosférica caracteriza-se basicamente pela presença de gases tóxicos e partículas sólidas no ar. As principais causas desse fenômeno são a eliminação de resíduos por certos tipos de indústrias (siderúrgicas, petroquímicas, de cimento, etc.) e a queima de carvão e petróleo em usinas, automóveis e sistemas de aquecimento doméstico.
O ar poluído penetra nos pulmões, provocando várias doenças, como a bronquite crônica, a asma e até o cancro pulmonar. Esses efeitos são reforçados ainda pelo consumo de cigarros.
A maioria dos países desenvolvidos já possui uma legislação antipoluição, que obriga certas fábricas a terem equipamentos especiais (filtros, tratamento de resíduos, etc.) ou a usarem processos menos poluidores. Nesses países também há um forte controle do aquecimento doméstico a carvão, os escapes dos automóveis, etc
A Poluição das Águas
Desde os tempos mais remotos o homem costuma lançar seus detritos nos cursos de água, porém, esse procedimento não causava problemas, já que os rios, lagos e oceanos têm considerável poder de autolimpeza, de purificação. Todavia com a industrialização, a situação começou a sofrer profundas alterações. O volume de detritos despejados nas águas tornou-se cada vez maior, ultrapassando a capacidade de purificação dos rios e oceanos que é limitada.
Além disso, passou a ser despejada na água uma grande quantidade de elementos que não são biodegradáveis, ou seja, não são decompostos pela natureza. Tais elementos são, por exemplo, os plásticos, a maioria dos detergentes e os pesticidas e que vão se acumulando nos rios, lagos e
oceanos, diminuindo a capacidade de retenção de oxigênio das águas e, consequentemente, prejudicando a vida aquática.
A água empregada para resfriar os equipamentos nas usinas termoelétricas e atomoelétricas e em alguns tipos de indústrias também causa sérios problemas de poluição. Essa água, que é lançada nos rios ainda quente, faz aumentar a temperatura da água do rio e acaba provocando a eliminação de algumas espécies de peixes, a proliferação excessiva de outras e, em alguns casos, a destruição de todas.