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domingo, 28 de dezembro de 2014

A Revolução Industrial




Designa-se por Revolução Industrial ao Conjunto de transformações económicas e sociais que iniciaram na Inglaterra, nos meados do século XVIII e que mais tarde se espalharam pelo resto da Europa e outras zonas do mundo.
Com essas transformações, a produção manufactureira foi substituída pela maquinofactura, ou seja o trabalho que antes era feito a mão passou a ser feito pela máquina.
A forma de organização da produção e as relações de produção também se alteraram e, como consequência, o volume de produção aumentou.
Os Factores da Revolução Industrial
A Revolução Industrial foi resultado de um processo de evolução da economia influenciado por diferentes factores, entre os quais podemos destacar: A Revolução Agrícola, A Explosão Demográfica, A Navegação e o Comércio, Os Recursos Naturais.
O pioneirismo ingles
A Revolução Industrial teve o seu arranque na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII. Nessa altura o país dispunha de condições privilegiadas que os outros ainda não possuiam nomeadamente: Capital, Recursos naturais, Mercado, Transformação da estrutura agrária, A situação geográfica da Inglaterra e A Sucessão de grandes invenções.
A primeira Fase da Revolução Industrial
A Revolução Industrial teve início na Inglaterra por volta de 1785, com o início da aplicação da máquina a vapor à indústria. A primeira fase estendeu-se então por cerca de 100 anos, até 1870, ao longo dos quais a industrialização esteve quase limitada a Inglaterra. Ao longo desses cerca de 100 anos operou-se um processo de mecanização da produção, até ai manufactureira.
Características
Ø  Uma das características da primeira fase da Revolução Industrial foi a mecanização da produção. Desde que começou a utilização da máquina a vapor na indústria têxtil, por volta de 1780, foram sendo usadas, com cada vez maior frequência, máquinas-ferramentas movidas pela máquina a vapor e que realizavam actividades antes realizadas por vários homens.
Ø  A máquina a vapor tornou-se o motor da Revolução Industrial, pois permitia produzir energia artificialmente, transformando calor em força mecânica. A partir de então, a produção industrial cresceu muito rapidamente.
Ø  O funcionamento das máquinas exigia maior produção de carvão e de ferro o que estimulava a extracção destes minérios. Deste modo o carvão tornou-se a principal fonte energética na primeira fase da Revolução Industrial. Por outro lado o carvão era também usado como matéria prima ao ser associado ao ferro para o fabrico de aço. A grande importância do carvão na indústria inglesa reflectiu-se na localização da indústria ao longo das bacias carboníferas, com o objectivo de dispor facilmente daquela que era a principal fonte energética - o carvão.
Os sectores de arranque
Ø  Os primeiros sinais de arranque da Revolução Industrial deram - se no Sector Têxtil.
Ø  Outro sector de arranque da Revolução Industrial foi a Indústria Metalúrgica
Ø  Outro aspecto que marcou a primeira fase da Revolução Industrial foi o desenvolvimento dos transportes, sobretudo aquáticos e terrestres. Nos princípios do século XIX, começou a aplicação da máquina a vapor nos transportes o que permitiu o surgimento de comboios e do barco a vapor.
A revolução dos transportes estimulou a agricultura e a indústria, pois permitiu que os produtos industriais fossem levados para locais mais distantes.
Portanto o desenvolvimento dos transportes permitiu o alargamento dos
mercados o que, por sua vez, fez baixar o preço dos produtos, melhorando o nível de vida das populações.
A segunda Fase da Revolução Industrial
A partir de cerca de 1870, inicia uma nova série de invenções que revolucionaram a indústria e as formas de vida.
Ao contrário da primeira fase, na segunda, a Revolução desenvolveu-se ao mesmo tempo em vários países, com destaque nos Estados Unidos, Alemanha e França;
O petróleo e a electricidade constituem as novas fontes de energia que alteraram o sistema de produção. Contudo, até 1914 o carvão continuou a ser a principal fonte energética.
Desenvolvimento de novos sectores da indústria a partir de 1870, nomeadamente a Siderurgica e a Indústria Química. O aço que passou a ser utilizado em diferentes sectores como maquinaria, construção civil (edifícios e pontes) e nos transportes (caminhos de ferro, barcos) e ainda na indústria de armamento, passa a ser a matéria prima de maior utilização. Paralelamente desenvolveu-se a indústria de material eléctrico. Surgem grandes empresas como a Philips na Holanda, a Siemens na Alemanha, etc.; crescem as indústrias alimentares; a indústria têxtil, graças a descoberta das fibras artificiais em 1884;
Revolução dos transportes e comunicações (invenção do motor de explosão, invenção do telefone, invenção da rádio, invenção da televisão);
O incremento da especialização e da Divisão social do Trabalho.
A terceira fase da Revolução Industrial
A partir da década de 1920 a indústria entrou numa nova etapa de evolução
– a terceira fase da Revolução industrial. Esta é a era da automação e dos computadores.

Características
A Automação – utilização de máquinas que controlam outras máquinas – a nível da produção, torna-se uma das principais marcas desta época.
Automação é um sistema automático de controle pelo qual os mecanismos verificam seu próprio funcionamento, efetuando medições e introduzindo correções, sem a necessidade da interferência do homem.
A automação diminui os custos e aumenta a velocidade da produção.
Nesta fase surge uma nova fonte de energia - a nuclear, que irá revolucionar o sector energético. Ao contrário do petróleo e do carvão a energia nuclear é quase inesgotável.
A informática surge como nova área de conhecimento; o computador é capaz de realizar operações complexas em muito pouco tempo. Isso permite que se tomem as melhores decisões em tempo útil.
Os transportes registam uma grande modernização, principalmente com o aperfeiçoamento dos transportes aéreos que passam a ser mais rápidos, cómodos e seguros. Por sua vez nos transportes ferroviários surgem as locomotivas eléctricas que permite a estes meios de transporte atingir velocidades elevadíssimas. A China acabou de fabricar um eléctrico capaz de circular a 400Km por hora;
As telecomunicações e comunicações desenvolvem-se graças a utilização dos satélites.
A terceira fase da revolução industrial é uma época de franco progresso a nível da indústria, que se caracteriza pela utilização de novas fontes de energia – a nuclear, pela difusão da automação, pela conquista do espaço e pelo uso generalizado
dos computadores.
A Classificação das Indústrias
Para a classificação das indústrias, tomam-se em conta vários critérios e, como tal, podemos aferir diferentes classificações.

Classificação tradicional
Indústria extractiva, Indústria transformadora, Indústria de Construção e Obras Públicas.
Classificação baseada no peso e valor dos produtos
Consoante o peso e valor dos produtos a indústria pode ser pesada ou ligeira.
Classificação baseada na finalidade ou destino do produto
Indústria de base, Indústria de bens de equipamento, Indústria de bens de consume, Indústria de ponta

Actualmente, a classificaçao mais usada agrupa as indústrias em
Ø  Indústria de bens de equipamento
Produz bens destinados à sua utilização na produção em outras indústrias, tais como produção de máquinas, utensilios e meios de transporte utilitários. Incluem igualmente a produção de bens semi-elaborados para serem transformados noutras indústrias, portanto matérias-primas para outras indústrias.
Ø  Indústria de bens de consumo
Produz bens que se destinam a ser utilizados directamente pelo público consumidor, como por exemplo, vestuário, calçado, aparelhos domésticos, automóveis, etc.
  
Factores de Localização industrial
A escolha da localização das indústrias exige um estudo profundo de diferentes factores que podem tornar a indústria rentável. Entre os diferentes factores que podem influenciar positivamente a localização da indústria pode se apontar a localização de matéria-prima, a localização de fontes de energia, a quantidade e qualidade de mão-de-obra, os mercados consumidores, os transportes e vias de comunicação, a água, o espaço, a poluição, a acção governamental, a inércia geográfica e a tradição e decisão individuais.
Indústria e Meio Ambiente
O que é poluição?
Dá-se o nome de poluição a qualquer degradação (deterioração, estrago) das condições ambientais, do habitat de uma colectividade humana. É uma perda, mesmo que relativa, da qualidade de vida em resultado de mudanças ambientais.
São chamados de poluentes os agentes que provocam a poluição, como um ruído excessivo, um gás nocivo na atmosfera, detritos que sujam os rios ou praias ou ainda um cartaz publicitário que degrada o aspecto visual de uma paisagem.
A poluição atmosférica caracteriza-se basicamente pela presença de gases tóxicos e partículas sólidas no ar. As principais causas desse fenômeno são a eliminação de resíduos por certos tipos de indústrias (siderúrgicas, petroquímicas, de cimento, etc.) e a queima de carvão e petróleo em usinas, automóveis e sistemas de aquecimento doméstico.
O ar poluído penetra nos pulmões, provocando várias doenças, como a bronquite crônica, a asma e até o cancro pulmonar. Esses efeitos são reforçados ainda pelo consumo de cigarros.
A maioria dos países desenvolvidos já possui uma legislação antipoluição, que obriga certas fábricas a terem equipamentos especiais (filtros, tratamento de resíduos, etc.) ou a usarem processos menos poluidores. Nesses países também há um forte controle do aquecimento doméstico a carvão, os escapes dos automóveis, etc
A Poluição das Águas
Desde os tempos mais remotos o homem costuma lançar seus detritos nos cursos de água, porém, esse procedimento não causava problemas, já que os rios, lagos e oceanos têm considerável poder de autolimpeza, de purificação. Todavia com a industrialização, a situação começou a sofrer profundas alterações. O volume de detritos despejados nas águas tornou-se cada vez maior, ultrapassando a capacidade de purificação dos rios e oceanos que é limitada.
Além disso, passou a ser despejada na água uma grande quantidade de elementos que não são biodegradáveis, ou seja, não são decompostos pela natureza. Tais elementos são, por exemplo, os plásticos, a maioria dos detergentes e os pesticidas e que vão se acumulando nos rios, lagos e
oceanos, diminuindo a capacidade de retenção de oxigênio das águas e, consequentemente, prejudicando a vida aquática.
A água empregada para resfriar os equipamentos nas usinas termoelétricas e atomoelétricas e em alguns tipos de indústrias também causa sérios problemas de poluição. Essa água, que é lançada nos rios ainda quente, faz aumentar a temperatura da água do rio e acaba provocando a eliminação de algumas espécies de peixes, a proliferação excessiva de outras e, em alguns casos, a destruição de todas.

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