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segunda-feira, 6 de abril de 2015

Projecto



Introdução
A Escolinha He Khensile foi fundada no ano de 2013 pela iniciativa da Senhora Orlanda Maluleque Vaz Sitoi com o intuito de ajudar as crianças do Bairro onde ela nasceu e teve a sua primeira educação familiar assim como académica, para ela, associa a criação da escolinha com os momentos difíceis passados a quando da idade escolar obrigatória em Moçambique 6 anos. Nesta fase, foi marcante devido as dificuldades encarradas por ser a sua primeira vez em conviver num ambiente totalmente diferente dos seus 5 anos atras: ficar sentada durante 45 minutos no meio de muitas crianças sem que conheça nem uma, obedecer uma pessoa que não conhece (o professor), habituar a chamadas logo que chegar a escola, pegar um lápis entre outros desafios das crianças sem condições para a educação de infância (creche) nos primeiros dias da escola.
De referir que a Escolinha Hi Khensile, localiza-se na Rua da Malhangalene, no 45-Bairro da Maxaquene “B”, Q19 (entre o circulo da graça e padaria Edgar).















Título do projecto: Escolinha Hi Kensile
O presente projeto dedica-se a educação de infância de crianças dos 2 à 5 anos de vida, desenvolvendo actividades curriculares programadas pelo Ministério da Mulher e Acção Social e extracurriculares como canto e dança, musica, drama, noções culturais, aquisição do vocabulário básico, criatividade, imaginação, expressão verbal, gestual e facial. Dialogo entre pessoais através de visitas de estudos e passeios.
Responsável do Projecto: Orlanda Maluleque Vaz Sitoi (Diretora Geral)
Objectivos do projecto
  • Proporcionar nas crianças um desenvolvimento saudável com boa educação baseada em competências;
  • Apoiar as crianças de baixa renda em educação da 1a infância;
  • Reduzir o envolvimento de menores em comportamentos de riscos;
  • Reduzir a taxa de analfabetismo.
Grupo alvo
Crianças de 2 à 5 anos de vida
Fonte de financiamento

Valor em meticais
Três milhões de meticais (3.000.000.00mt)
Período de implementação
De Fevereiro do ano de 2015 ao infinito
Responsável pela implementação do projecto
Escolinha Hi Khensile
Comentários gerais
Olhando pela visão da Unicef, acredita-se que chegam ao final da primeira infância deveriam estar desenvolvendo bem física, cognitiva, linguística e socio-emocional, para poderem usufruir plenamente das varias oportunidades nos sectores da educação e da saúde e tornar-se membros bem produtivos da sociedade através de: i) ser saudáveis e bem nutridas; ii) confiar plenamente nos cuidadores e ser capazes de interagir positivamente com os membros da família, colegas e professores;
iii) ser capazes de se comunicar em sua língua nativa com colegas e adultos; iv) estar preparadas para aprender ao longo de toda a escola primária.   
As crianças carentes ou desfavorecidas têm menos probabilidade de atingirem esses patamares importantes, porque estão muitas vezes expostas aos efeitos cumulativos de múltiplos Factores de risco, entre os quais a falta de acesso aos serviços básicos de agua e saneamento, e a serviços de saúde de qualidade; nutrição inadequada; pais com baixos níveis de escolaridade; e falta de acesso a creches e pré-escolares de qualidade.
A Escolinha Hi Khensile olha para estes fatores como sendo importantíssimos e que não devem ser desperdiçados na medida em que por exemplo a desnutrição nos primeiros anos de vida não só leva ao crescimento físico deficiente (inclusive raquitismo), mas também é grande indicador de que haverá atraso no desenvolvimento cognitivo e baixo desempenho académico ao longo da vida escolar. Por outro lado, a falta de cuidados e de estimulação por parte dos adultos nos primeiros anos não só conduz a um fraco desenvolvimento socio-emocional e cognitivo, mas também esta ligada a problemas de saúde e de crescimento.

Problema identificado
Prontidão escolar diz respeito a quanto uma criança está preparada para aprender e obter sucesso na escola (Ackerman e Barnett 2005). De modo crescente, as pesquisas tem demostrado que a prontidão escolar das crianças depende não só de suas habilidades cognitivas ao ingressarem na escola primária, apesar de essas habilidades serem cruciais, mas também de sua saúde física, mental e emocional, assim como da capacidade de se relacionar com os outros.
Uma análise de 2007 dos dados de crianças dos países em desenvolvimento revela que mais de 200 milhões de crianças menores de 5 anos estão expostas a múltiplos riscos que afectam negativamente o seu desenvolvimento, e cujas consequências podem ser dramáticas. Por exemplo, embora as diferenças no vocabulário adequado à idade de 3 anos das crianças equatoriais sejam em geral pequenas, as disparidades socioeconómicas acentuam-se nos anos seguintes. Aos 6 anos de idade, as crianças de famílias menos abastadas e as crianças cujas mães tem baixa escolaridade tem ficado muito atras de seus colegas de lares mais ricos ou mais escolarizados.
Proposta da solução sustentável para o problema identificado
 É da nossa percepção que muitas funções cerebrais são especialmente sensíveis a mudanças no início da vida e tornaram-se menos plásticas (maleáveis) ao longo do tempo. Na verdade, a maior parte do cérebro da criança é “conectada” nos cinco anos de vida, o que deixa pouco espaço para ajustes posteriores. Até mesmo funções que continuam a ter um alto grau de sensibilidade nos primeiros 4-5 anos de vida. Outras funções, como controle emocional e padrões de resposta habituais não só atingem o auge nos primeiros anos, mas em geral atingem um alto nível de estabilidade antes dos 5 anos.
Nesta realidade, a Escolinha Hi Khensile através das suas políticas de baixar significativamente os custos de ingresso e as mensalidades, procura dar oportunidade as crianças cujos pais tem baixa renda e que não conseguem colocar as suas crianças nas creches das cidades onde as mensalidades são altíssimas e que o factor distancia também acaba influenciando devido ao custo de transporte adicionado.
A relação do problema identificado e solução apresentado com os objectivos estratégicos da Escolinha Hi Khensile
Vários estudos têm mostrado que investir em programas de desenvolvimento da primeira infância de qualidade ajuda a eliminar a diferencia entre crianças carentes e desfavorecidas e as mais favorecida, preparando-as, assim, para uma transição bem-sucedida para a escola primária e para a aprendizagem de qualidade ao longo da vida.
Como exemplo dos benefícios do desenvolvimento da primeira infância, as crianças de Bangladesh que receberam algum tipo de educação pré-escolar organizada superaram seus colegas do grupo controle em 58 por cento em um teste padronizado de prontidão escolar (Aboud 2006). Na Colômbia, as crianças que participaram de uma intervenção abrangente de desenvolvimento da primeira infância baseada na comunidade tinham 100% mais chance de estarem matriculadas na 3a serie, indicando, portanto, menores taxas de evasão e repetências entre as crianças do programa do que aquelas do grupo controle.

Os objectivos a alcançar com a solução proposta
Objectivos
Indicadores de Desempenho
Proporcionar nas crianças um desenvolvimento saudável com boa educação baseada em competências;
Crianças crescem saudáveis, educadas e competentes, independentemente onde ou quando nasceram.
Apoiar as crianças de baixa renda em educação da 1a infância;
10 Crianças de pais com baixa renda são apoiadas gratuitamente no desenvolvimento da primeira infância na Escolinha Hi Khensile.
Reduzir o envolvimento de menores em comportamentos de riscos;
Crianças de 2 à 5 anos são proporcionadas uma boa nutrição, saúde e educação.
Reduzir a taxa de analfabetismo.
Crianças de 2 à 5 anos são garantidas a prontidão escolar.

Os resultados esperados com a solução proposta
Resultados Planeados
Indicadores de Desempenho
Crianças de 2 à 5 anos adquirem a prontidão escolar.
As aulas bem planificadas com rigor e exigidas em técnicas de supervisão pedagógica.
Maior abrangência de crianças sem descriminação de onde ou quando nasceu.
Existência de responsabilidade social em garantir 10 crianças com pais de baixa renda sem pagar propinas.
Baixar o valor das propinas no geral.


Os riscos e as respectivas medidas de mitigação
Riscos
Medidas de Minimização
Fraca afluência dos pais/encarregados de educação em matricular os seus filhos.


Inadequação das metodologias de ensino destas matérias com o nível ou idade das crianças.

Campanhas de sensibilização, a fim de se criar condições para que os pais/encarregados de educação tragam os seus filhos.
Articular com os educadores para o uso de exemplos que retratem casos práticos reais, seguindo os programas e os planos diários.
Apresentar casos inovadores e, orientar os educadores para os objectivos pretendidos com esta acção.

Responsáveis diretos pela implementação do projecto
Nome
Função
Contactos
Orlanda Maluleque Vaz Sitoi
Diretora Geral
848219246
Carlos Daniel Nivagara
Director Pedagógico
844598206
Cecília
Coordenadora dos Educadores
849349744
Camaria
Chefe da Cozinha
840488018
Jaime
Chefe de Limpeza
845458629
 

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

COMO COMPORTAR-SE NA ENTREVISTA DE EMPREGO


 Quanto mais positiva for a primeira impressão, mais hipóteses terá de ser escolhido
MOSTRE-SE CONFIANTE
 COM À VONTADE E SIMPATIA

COMPORTAMENTOS RECOMENDÁVEIS
 Apresentar-se, saudando quem o recebe
 Aguardar que o convidem a sentar-se
 Sentar-se e manter uma postura correcta
 Mostrar-se atento e interessado
 Olhar de frente o entrevistador
 Responder com determinação às perguntas postas
 Pedir esclarecimentos, delicadamente, sempre que uma questão não lhe parecer clara
 Ser prudente e mostrar alguma reserva se se abordarem aspectos da sua vida pessoal
COMPORTAMENTOS A EVITAR
 Cortar a palavra ao entrevistador
 Mexer-se continuamente na cadeira
 Mendigar trabalho
 Mostrar arrogância
 Auto elogiar-se
 Mastigar pastilha elástica
 Insistir muito na remuneração


Questões que poderão ser postas durante a entrevista :
PELO ENTREVISTADOR
 Quer falar mais pormenorizadamente sobre a sua experiência profissional e sobre as funções referidas no seu currículo?
 Por que razão se encontra desempregado?
 Que outras iniciativas tomou para resolver a situação?
 Porque quer vir trabalhar nesta empresa?
 O que sabe acerca dela?
 Como acha que a sua experiência pode interessar à nossa empresa?
 Como ocupa os seus tempos livres?
POR SI
 Que funções poderei exercer na sua empresa?
 Qual o grau de autonomia e de responsabilidade da função?
 As funções são desenvolvidas individualmente ou em grupo?
 Quais as possibilidades de progressão na carreira profissional?
 Poderei frequentar acções de formação dentro ou fora da empresa?
 Terei de fazer deslocações frequentes?
 Qual o local e horário de trabalho?
 A empresa dispõe de serviços sociais que proporcionem assistência médica, cantina, actividades desportivas ou culturais?
 Qual a remuneração prevista?
AS QUESTÕES RELACIONADAS COM O SALÁRIO

 DEVERÃO SER POSTAS SEMPRE EM ÚLTIMO LUGAR

Breve história da Cocaína


Os primeiros achados arqueológicos do uso da planta da coca, indicam que seja há pelo menos cinco milénios no Equador e Peru. A partir do século XI, surge na civilização Inca, onde acreditam que a planta tinha um poder divino, sendo associada a religião e política. Mas seu maior uso era entre os trabalhadores que ao consumirem a planta sentiam fome, sede e cansaço diminuídos.
No século XVIII, a coca chega à Europa, mas só em 1859 Albert Neiman isola o seu princípio ativo responsável pelos efeitos da planta. Terapeuticamente a cocaína foi rapidamente comercializada e utilizada como remédio para os nervos, para curar a tristeza e a melancolia e para o tratamento do aparelho fonador.

Com a descoberta da fórmula da cocaína assiste-se a um amento abrupto do prestígio clínico e social da droga que passou a ser utilizada na elaboração e formulação de remédios e tónicos utilizados para tratar um largo leque de doenças.
Para surpresa de alguns, o pai da psicanálise Sigmund Freud fez estudos sobre a cocaína em 1885, com o nome de “Über Coca” nessa pesquisa Freud conta a história da cocaína na utilização dos homens e animais, e também suas utilizações terapêuticas. O objectivo de Freud era observar os efeitos da coca no organismo. Conforme relata na sua pesquisa:
“Alguns minutos após ingerir a cocaína, experimentam-se súbita exaltação e uma sensação de leveza. Os lábios e o palato ficam saburrosos, seguindo-se sensação de calor nas mesmas áreas. Em outras ocasiões, a sensação predominante é um frescor bastante agradável na boca e na garganta. Durante esse primeiro teste, experimentei um curto período de efeitos tóxicos, que não reapareceram em experiências subsequentes. A respiração ficou mais lenta e profunda, e sentia-me cansado e sonolento; bocejava com frequência, sentindo-me um tanto apático. Após alguns minutos, começou a euforia real da cocaína, iniciada por repetida eructação refrescante. Imediatamente após tomar cocaína, notei um leve retardamento do pulso e, mais tarde, um aumento moderado.”(Freud, 1885 apud Byck, 1989, p. 73).
Freud comenta que o uso da cocaína na apresenta diversas funções para os sujeitos. Podendo funcionar como estimulante, ao aumentar a capacidade física do corpo por um determinado e curto tempo, ou no tratamento de distúrbios digestivos, da caquexia (degeneração de tecidos), do vício da morfina e do álcool, e da asma. Ele comenta ainda o uso da cocaína como afrodisíaco: “Entre as pessoas a quem administrei a coca, três relataram violenta excitação sexual, prontamente atribuída a ela” (Freud, 1885 apud Byck, 1989, p. 78), e com fins de obter efeito analgésico.
Segundo Mendonça (2012) Ao fim desse estudo, Freud constata que os sintomas subjectivos dos efeitos da cocaína são diferentes para cada pessoa e que a acção da cocaína é indirecta, efetuada por meio de uma melhora na condição do bem-estar. Com isso, se com o uso de cocaína obteve sucesso em relação aos efeitos terapêuticos analgésicos e anestésicos, que permitiram a realização de diversas cirurgias, também demonstrou o fracasso dessa prática, que conduzia ao vício, aos efeitos de intoxicação e até mesmo ao apagamento do inconsciente. Observamos, em nossa prática clínica, que as formações do inconsciente (lapsos, actos falhos, sonhos) estão, em sua maioria, ausentes nos sujeitos neuróticos que fazem o uso abusivo de drogas. Esses sujeitos, que nada querem saber da divisão subjectiva, acabam se afastando da realidade, do convívio social, do trabalho, da família, por causa da ilusão de que a droga lhes proporciona a felicidade e a completude.
Formas de Consumo da Cocaína
Segundo Ganeri (2002) as formas de consumo da cocaína são várias:
1 – As folhas de coca podem ser mascadas ou utilizadas na preparação de infusões orais, sendo neste caso uma absorção lenta.
2- Do primeiro processo de extracção da cocaína a partir das folhas de coca resulta o sulfato de cocaína (pasta de coca) que pode ser fumado. Neste caso a velocidade de absorção é bastante rápido.
3- O Cloridrato de cocaína, um sal formado por adição de ácido clorídrico pode ser administrado por via intra-nasal ou intravenosa e a sua absorção é rápida.
4- A base de cocaína ou “free base” obtida pela mistura do cloridrato de cocaína com uma solução base como o bicarbonato de sódio é dissolvida em éter.
Efeitos da Cocaína no Organismo
A cocaína conduz rapidamente à habituação e o consumidor dependente entra em desespero se não repetir o uso da droga. Os sintomas mais comuns de privação de cocaína são o desejo insaciável da mesma, irritabilidade, alterações no apetite e no sono, falta de energia física e mental, desmotivação e depressão.
 Segundo Aragão e Sacadura (2002, p. 47) A acção deste estupefaciente sobre o cérebro é grave pelas alterações que desencadeia em três receptores fundamentais:
a) Neropinefrina- Ao bloquear este receptor químico, pode desenvolver-se no consumidor taquicardia, hipertensão e vasoconstrição, diaforese e tremores discretos, podendo estes numa situação de “overdose” generalizarem-se a todo o corpo sem contudo configurarem um estado de ataque epiléptico.
b) Dopamina- Afectado este receptor o sujeito consumidor de cocaína pode desenvolver o quadro comportamental esperado do produto: comportamento estereotipado, hiperatividade e excitação sexual, mas o consumo regular, geralmente conduz a efeitos contrários como impotência sexual e inibição para ter orgasmos. Uma das complicações mais graves do uso da cocaína é a propensão para o desenvolvimento de uma psicose que em muitos casos não se distingue e se confunde com a esquizofrenia.
c) Seretonina- A acção da cocaína sobre este receptor (5-hidroxitriptamina) conduz normalmente à redução dos seus metabolitos e da sua concentração. Consequentemente regista-se no consumidor de cocaína uma diminuição da necessidade de dormir já que a serotonina intervém no ciclo do sono (Filipe de Sousa).
Referências Bibliográficas
Aragão, M. J. e Sacadura, R. Guia Geral das Drogas: explicar o seu mecanismo e as suas consequências. Lisboa: Terramar. 2002.
Byck, R. Freud e a cocaína. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo. 1989.
Ganeri, A. Drogas: Do êxtase á agonia. Men Martins: Publicações Europa América. 2002.
Gonçalves, Artur . Álcool, tabaco e outras drogas: concepções de professores e alunos o ensino básico e secundário e análise de programas e manuais escolares. Tese de Doutoramento. Universidade do Minho, 2008.

REIS DA SILVA MENDONCA, Júlia. A droga como um recurso ao mal-estar na civilização. Psicol. rev. (Belo Horizonte),  Belo Horizonte,  v. 17,  n. 2, ago.  2011 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-11682011000200006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  09  jul.  2013

Orientação profissional


A maioria das pessoas a dúvida frequente no final da graduação ou quando entram nas universidades é onde e o que iram trabalhar, mas – com tantas opções – é normal ficarmos em dúvida ou confusos. Onde a pergunta principal que se faz no grupo tem sido sobre o nosso futuro profissional. Inevitável nos perguntar sobre os nossos sonhos, desejos, vocações, medos, e… talentos. Mas o que é o talento? Como podemos descobrir nossos talentos? Este texto procura explicar o que é talento e dá dicas de como descobrir seu talento profissional
O que é talento?
Podemos definir talento como a soma de facilidade, amor e conhecimento. Dizendo desta forma pode ficar muito abstracto, mas o conceito é simples. Imagine alguém talentoso em música. Como podemos dizer que há talento? Vemos que alguém tem talento quando ele tem facilidade para tocar um instrumento, quando ele ama tocar e fica horas e horas tocando sem se dar conta do passar do tempo (Jimi Hendrix até dormia com sua guitarra) e também quando a pessoa possui conhecimentos, sabe o que está fazendo e sempre busca se aperfeiçoar.
Eu tenho um grande amigo, na verdade um irmão, que desde cedo descobriu a sua facilidade para tocar violão. Quando tínhamos 14 anos, estávamos sempre juntos e à procura de encontrar uma namorada. Certo dia, ele me disse que tinha-se apaixonado. E não queria contar de jeito nenhum quem era. Depois de muita insistência ele me disse que tinha-se apaixonado pela música.
Mas ele não só tinha facilidade para tocar violão, ou era apaixonado, ele estudou a fundo. Um de seus professores lhe ensinou que para se destacar ele tinha que estudar quando os outros não estavam estudando. Assim ele fez, estudava 10, 12 horas por dia. E ria ao lembrar que seu professor, que exigia mais e mais, lhe perguntava o que ele fazia da meia-noite às seis e porque não estava estudando neste horário.
Depois de mais de 15 anos na área, ele não só ama a música e tem facilidade, portanto, como se dedicou muito e adquiriu os conhecimentos necessários como ler partituras complexas de Bach a Chopin, e se aventurando não só pelo violão clássico como pela guitarra, viola, piano…
Como descobrir seu talento profissional?
Com o exemplo acima, penso que ficou bem claro o que dizemos por talento profissional. Pensando de outra forma podemos imaginar alguém que tem muita facilidade para uma actividade, como, por exemplo, facilidade para fazer contas. Consegue fazer contas de cabeça, é excelente em todas as matérias de exactas, mas não gosta. Não gosta de jeito nenhum da área e não pretende estudar mais a fundo.
Neste caso, a pessoa tem apenas uma das três características do talento.
Não adianta ter facilidade e não gostar. Como não adianta gostar e não querer estudar e se aperfeiçoar. O talento é realmente a soma destas três características: facilidade, amor e conhecimento.
Para descobrir o seu talento, ou melhor, os seus maiores talentos, faça a si mesmo as seguintes perguntas:
Facilidade
- O que vem fácil para você?
 - O que vinha fácil para você quando você era mais jovem?
- Em qual área ou áreas você recebia prémios ou congratulações públicas? (Reconhecimento por parte dos outros)
- Áreas sobre as quais os outros disseram para você -” eu gostaria de fazer isto tão bem quanto você faz”.
- Quais são os seus talentos naturais?
 Amor
- O que você adora fazer (faria se não precisasse ganhar nada)?
- O que você detesta fazer?
- Descreva seu hobby ou actividades que você faz sem compromisso.
- Quais são os elementos do hobby que você poderia utilizar como carreira?
 Conhecimentos
- No que você focou na sua educação (ensino médio, técnico, cursos e cursinhos)?
- Com que tipos de actividades você conviveu na sua família?
- Que trabalhos você já fez?
- Que livros você já leu e gostou de ler?
- Que tipo de treinamento teve em outras situações, por exemplo, trabalho voluntário?
Respondendo à estas perguntas, você conseguirá levantar algumas actividades que você tem talento. A psicologia já comprovou que todo mundo tem ao menos um talento. A maior parte das pessoas tem mais que um talento, dois, três, quatro. Portanto, caso as perguntas não tenham-te ajudado a achar o seu talento, pode ser útil perguntar as mesmas questões para amigos e familiares sobre você. Às vezes o olhar do outro nos ajuda a ver o que para nós já é comum, quotidiano e nem é mais reconhecido.
Por exemplo, podemos pensar em uma mulher que tem grande facilidade para lidar com as pessoas. Para ela, isto pode ser algo tão natural e presente que ela nem percebe mais que é talentosa neste sentido.

Pode ser também, que até o momento, você não tenha estudado ou adquirido maiores conhecimentos na área que tem talento. Isto não importa, o que importa aqui é você reconhecer o seu potencial e ir atrás. Esta mesma mulher pode utilizar este talento para estudar em uma série de áreas, desde profissões com atendimento ao público, vendas, psicologia, etc.