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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

COMO COMPORTAR-SE NA ENTREVISTA DE EMPREGO


 Quanto mais positiva for a primeira impressão, mais hipóteses terá de ser escolhido
MOSTRE-SE CONFIANTE
 COM À VONTADE E SIMPATIA

COMPORTAMENTOS RECOMENDÁVEIS
 Apresentar-se, saudando quem o recebe
 Aguardar que o convidem a sentar-se
 Sentar-se e manter uma postura correcta
 Mostrar-se atento e interessado
 Olhar de frente o entrevistador
 Responder com determinação às perguntas postas
 Pedir esclarecimentos, delicadamente, sempre que uma questão não lhe parecer clara
 Ser prudente e mostrar alguma reserva se se abordarem aspectos da sua vida pessoal
COMPORTAMENTOS A EVITAR
 Cortar a palavra ao entrevistador
 Mexer-se continuamente na cadeira
 Mendigar trabalho
 Mostrar arrogância
 Auto elogiar-se
 Mastigar pastilha elástica
 Insistir muito na remuneração


Questões que poderão ser postas durante a entrevista :
PELO ENTREVISTADOR
 Quer falar mais pormenorizadamente sobre a sua experiência profissional e sobre as funções referidas no seu currículo?
 Por que razão se encontra desempregado?
 Que outras iniciativas tomou para resolver a situação?
 Porque quer vir trabalhar nesta empresa?
 O que sabe acerca dela?
 Como acha que a sua experiência pode interessar à nossa empresa?
 Como ocupa os seus tempos livres?
POR SI
 Que funções poderei exercer na sua empresa?
 Qual o grau de autonomia e de responsabilidade da função?
 As funções são desenvolvidas individualmente ou em grupo?
 Quais as possibilidades de progressão na carreira profissional?
 Poderei frequentar acções de formação dentro ou fora da empresa?
 Terei de fazer deslocações frequentes?
 Qual o local e horário de trabalho?
 A empresa dispõe de serviços sociais que proporcionem assistência médica, cantina, actividades desportivas ou culturais?
 Qual a remuneração prevista?
AS QUESTÕES RELACIONADAS COM O SALÁRIO

 DEVERÃO SER POSTAS SEMPRE EM ÚLTIMO LUGAR

Breve história da Cocaína


Os primeiros achados arqueológicos do uso da planta da coca, indicam que seja há pelo menos cinco milénios no Equador e Peru. A partir do século XI, surge na civilização Inca, onde acreditam que a planta tinha um poder divino, sendo associada a religião e política. Mas seu maior uso era entre os trabalhadores que ao consumirem a planta sentiam fome, sede e cansaço diminuídos.
No século XVIII, a coca chega à Europa, mas só em 1859 Albert Neiman isola o seu princípio ativo responsável pelos efeitos da planta. Terapeuticamente a cocaína foi rapidamente comercializada e utilizada como remédio para os nervos, para curar a tristeza e a melancolia e para o tratamento do aparelho fonador.

Com a descoberta da fórmula da cocaína assiste-se a um amento abrupto do prestígio clínico e social da droga que passou a ser utilizada na elaboração e formulação de remédios e tónicos utilizados para tratar um largo leque de doenças.
Para surpresa de alguns, o pai da psicanálise Sigmund Freud fez estudos sobre a cocaína em 1885, com o nome de “Über Coca” nessa pesquisa Freud conta a história da cocaína na utilização dos homens e animais, e também suas utilizações terapêuticas. O objectivo de Freud era observar os efeitos da coca no organismo. Conforme relata na sua pesquisa:
“Alguns minutos após ingerir a cocaína, experimentam-se súbita exaltação e uma sensação de leveza. Os lábios e o palato ficam saburrosos, seguindo-se sensação de calor nas mesmas áreas. Em outras ocasiões, a sensação predominante é um frescor bastante agradável na boca e na garganta. Durante esse primeiro teste, experimentei um curto período de efeitos tóxicos, que não reapareceram em experiências subsequentes. A respiração ficou mais lenta e profunda, e sentia-me cansado e sonolento; bocejava com frequência, sentindo-me um tanto apático. Após alguns minutos, começou a euforia real da cocaína, iniciada por repetida eructação refrescante. Imediatamente após tomar cocaína, notei um leve retardamento do pulso e, mais tarde, um aumento moderado.”(Freud, 1885 apud Byck, 1989, p. 73).
Freud comenta que o uso da cocaína na apresenta diversas funções para os sujeitos. Podendo funcionar como estimulante, ao aumentar a capacidade física do corpo por um determinado e curto tempo, ou no tratamento de distúrbios digestivos, da caquexia (degeneração de tecidos), do vício da morfina e do álcool, e da asma. Ele comenta ainda o uso da cocaína como afrodisíaco: “Entre as pessoas a quem administrei a coca, três relataram violenta excitação sexual, prontamente atribuída a ela” (Freud, 1885 apud Byck, 1989, p. 78), e com fins de obter efeito analgésico.
Segundo Mendonça (2012) Ao fim desse estudo, Freud constata que os sintomas subjectivos dos efeitos da cocaína são diferentes para cada pessoa e que a acção da cocaína é indirecta, efetuada por meio de uma melhora na condição do bem-estar. Com isso, se com o uso de cocaína obteve sucesso em relação aos efeitos terapêuticos analgésicos e anestésicos, que permitiram a realização de diversas cirurgias, também demonstrou o fracasso dessa prática, que conduzia ao vício, aos efeitos de intoxicação e até mesmo ao apagamento do inconsciente. Observamos, em nossa prática clínica, que as formações do inconsciente (lapsos, actos falhos, sonhos) estão, em sua maioria, ausentes nos sujeitos neuróticos que fazem o uso abusivo de drogas. Esses sujeitos, que nada querem saber da divisão subjectiva, acabam se afastando da realidade, do convívio social, do trabalho, da família, por causa da ilusão de que a droga lhes proporciona a felicidade e a completude.
Formas de Consumo da Cocaína
Segundo Ganeri (2002) as formas de consumo da cocaína são várias:
1 – As folhas de coca podem ser mascadas ou utilizadas na preparação de infusões orais, sendo neste caso uma absorção lenta.
2- Do primeiro processo de extracção da cocaína a partir das folhas de coca resulta o sulfato de cocaína (pasta de coca) que pode ser fumado. Neste caso a velocidade de absorção é bastante rápido.
3- O Cloridrato de cocaína, um sal formado por adição de ácido clorídrico pode ser administrado por via intra-nasal ou intravenosa e a sua absorção é rápida.
4- A base de cocaína ou “free base” obtida pela mistura do cloridrato de cocaína com uma solução base como o bicarbonato de sódio é dissolvida em éter.
Efeitos da Cocaína no Organismo
A cocaína conduz rapidamente à habituação e o consumidor dependente entra em desespero se não repetir o uso da droga. Os sintomas mais comuns de privação de cocaína são o desejo insaciável da mesma, irritabilidade, alterações no apetite e no sono, falta de energia física e mental, desmotivação e depressão.
 Segundo Aragão e Sacadura (2002, p. 47) A acção deste estupefaciente sobre o cérebro é grave pelas alterações que desencadeia em três receptores fundamentais:
a) Neropinefrina- Ao bloquear este receptor químico, pode desenvolver-se no consumidor taquicardia, hipertensão e vasoconstrição, diaforese e tremores discretos, podendo estes numa situação de “overdose” generalizarem-se a todo o corpo sem contudo configurarem um estado de ataque epiléptico.
b) Dopamina- Afectado este receptor o sujeito consumidor de cocaína pode desenvolver o quadro comportamental esperado do produto: comportamento estereotipado, hiperatividade e excitação sexual, mas o consumo regular, geralmente conduz a efeitos contrários como impotência sexual e inibição para ter orgasmos. Uma das complicações mais graves do uso da cocaína é a propensão para o desenvolvimento de uma psicose que em muitos casos não se distingue e se confunde com a esquizofrenia.
c) Seretonina- A acção da cocaína sobre este receptor (5-hidroxitriptamina) conduz normalmente à redução dos seus metabolitos e da sua concentração. Consequentemente regista-se no consumidor de cocaína uma diminuição da necessidade de dormir já que a serotonina intervém no ciclo do sono (Filipe de Sousa).
Referências Bibliográficas
Aragão, M. J. e Sacadura, R. Guia Geral das Drogas: explicar o seu mecanismo e as suas consequências. Lisboa: Terramar. 2002.
Byck, R. Freud e a cocaína. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo. 1989.
Ganeri, A. Drogas: Do êxtase á agonia. Men Martins: Publicações Europa América. 2002.
Gonçalves, Artur . Álcool, tabaco e outras drogas: concepções de professores e alunos o ensino básico e secundário e análise de programas e manuais escolares. Tese de Doutoramento. Universidade do Minho, 2008.

REIS DA SILVA MENDONCA, Júlia. A droga como um recurso ao mal-estar na civilização. Psicol. rev. (Belo Horizonte),  Belo Horizonte,  v. 17,  n. 2, ago.  2011 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-11682011000200006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  09  jul.  2013

Orientação profissional


A maioria das pessoas a dúvida frequente no final da graduação ou quando entram nas universidades é onde e o que iram trabalhar, mas – com tantas opções – é normal ficarmos em dúvida ou confusos. Onde a pergunta principal que se faz no grupo tem sido sobre o nosso futuro profissional. Inevitável nos perguntar sobre os nossos sonhos, desejos, vocações, medos, e… talentos. Mas o que é o talento? Como podemos descobrir nossos talentos? Este texto procura explicar o que é talento e dá dicas de como descobrir seu talento profissional
O que é talento?
Podemos definir talento como a soma de facilidade, amor e conhecimento. Dizendo desta forma pode ficar muito abstracto, mas o conceito é simples. Imagine alguém talentoso em música. Como podemos dizer que há talento? Vemos que alguém tem talento quando ele tem facilidade para tocar um instrumento, quando ele ama tocar e fica horas e horas tocando sem se dar conta do passar do tempo (Jimi Hendrix até dormia com sua guitarra) e também quando a pessoa possui conhecimentos, sabe o que está fazendo e sempre busca se aperfeiçoar.
Eu tenho um grande amigo, na verdade um irmão, que desde cedo descobriu a sua facilidade para tocar violão. Quando tínhamos 14 anos, estávamos sempre juntos e à procura de encontrar uma namorada. Certo dia, ele me disse que tinha-se apaixonado. E não queria contar de jeito nenhum quem era. Depois de muita insistência ele me disse que tinha-se apaixonado pela música.
Mas ele não só tinha facilidade para tocar violão, ou era apaixonado, ele estudou a fundo. Um de seus professores lhe ensinou que para se destacar ele tinha que estudar quando os outros não estavam estudando. Assim ele fez, estudava 10, 12 horas por dia. E ria ao lembrar que seu professor, que exigia mais e mais, lhe perguntava o que ele fazia da meia-noite às seis e porque não estava estudando neste horário.
Depois de mais de 15 anos na área, ele não só ama a música e tem facilidade, portanto, como se dedicou muito e adquiriu os conhecimentos necessários como ler partituras complexas de Bach a Chopin, e se aventurando não só pelo violão clássico como pela guitarra, viola, piano…
Como descobrir seu talento profissional?
Com o exemplo acima, penso que ficou bem claro o que dizemos por talento profissional. Pensando de outra forma podemos imaginar alguém que tem muita facilidade para uma actividade, como, por exemplo, facilidade para fazer contas. Consegue fazer contas de cabeça, é excelente em todas as matérias de exactas, mas não gosta. Não gosta de jeito nenhum da área e não pretende estudar mais a fundo.
Neste caso, a pessoa tem apenas uma das três características do talento.
Não adianta ter facilidade e não gostar. Como não adianta gostar e não querer estudar e se aperfeiçoar. O talento é realmente a soma destas três características: facilidade, amor e conhecimento.
Para descobrir o seu talento, ou melhor, os seus maiores talentos, faça a si mesmo as seguintes perguntas:
Facilidade
- O que vem fácil para você?
 - O que vinha fácil para você quando você era mais jovem?
- Em qual área ou áreas você recebia prémios ou congratulações públicas? (Reconhecimento por parte dos outros)
- Áreas sobre as quais os outros disseram para você -” eu gostaria de fazer isto tão bem quanto você faz”.
- Quais são os seus talentos naturais?
 Amor
- O que você adora fazer (faria se não precisasse ganhar nada)?
- O que você detesta fazer?
- Descreva seu hobby ou actividades que você faz sem compromisso.
- Quais são os elementos do hobby que você poderia utilizar como carreira?
 Conhecimentos
- No que você focou na sua educação (ensino médio, técnico, cursos e cursinhos)?
- Com que tipos de actividades você conviveu na sua família?
- Que trabalhos você já fez?
- Que livros você já leu e gostou de ler?
- Que tipo de treinamento teve em outras situações, por exemplo, trabalho voluntário?
Respondendo à estas perguntas, você conseguirá levantar algumas actividades que você tem talento. A psicologia já comprovou que todo mundo tem ao menos um talento. A maior parte das pessoas tem mais que um talento, dois, três, quatro. Portanto, caso as perguntas não tenham-te ajudado a achar o seu talento, pode ser útil perguntar as mesmas questões para amigos e familiares sobre você. Às vezes o olhar do outro nos ajuda a ver o que para nós já é comum, quotidiano e nem é mais reconhecido.
Por exemplo, podemos pensar em uma mulher que tem grande facilidade para lidar com as pessoas. Para ela, isto pode ser algo tão natural e presente que ela nem percebe mais que é talentosa neste sentido.

Pode ser também, que até o momento, você não tenha estudado ou adquirido maiores conhecimentos na área que tem talento. Isto não importa, o que importa aqui é você reconhecer o seu potencial e ir atrás. Esta mesma mulher pode utilizar este talento para estudar em uma série de áreas, desde profissões com atendimento ao público, vendas, psicologia, etc.

O valor de diversificar a renda


Um dos homens mais ricos que eu conheci me disse certa vez: “Eu nunca procurei um emprego”. À primeira vista, pode parecer uma contradição alguém ser rico e não ter trabalhado. Mas ele acrescentou: “Sempre procurei negócios”. A distinção entre trabalho, emprego, negócios pode não parecer muito fácil, em princípio para todos. Nesse texto, vamos explicar as diferenças e também mostrar a definição de renda e a importância de diversificar, quer dizer, aumentar os modos como recebemos dinheiro, seja tendo um emprego ou negócio.
Emprego, trabalho e negócios
Estar empregado ou concursado, ter um trabalho e receber um salário fixo e estável é o sonho de muitas pessoas. Por outro lado, existem aqueles que detestam a ideia de trabalhar, pensando no trabalho como um fardo, como uma escravidão, como uma tortura. Curiosamente, a palavra trabalho vem de tripalho, que era um instrumento de tortura…
Para definir negócios podemos pensar no famoso poema concretista que diz o seguinte;
Epitáfio de um banqueiro (José Paulo Paes):
Negócio
     ego
        ócio
             cio
                  O
Embora este poema possa ter diversas interpretações, o que eu gosto dele é a ideia de negócio é a negação do ócio. Ócio, por sua vez, quer dizer, segundo o Dicionário Michaelis:
1 Descanso, folga do trabalho. 2 Tempo que dura essa folga. 3 Lazer, vagar. 4 Ociosidade. 5 Mandriice, preguiça. 6 Repouso.
Qual a diferença entre emprego e negócio?
Dadas as definições anteriores podemos pensar que emprego é quando alguém vende o seu tempo para realizar uma determinada actividade ou serviço para uma outra pessoa ou empresa. Negócio é quando alguém cria renda a partir de um empreendimento que, pode fazer com que o dono do negócio precise de empregados.
Voltando ao exemplo acima do homem rico – conhecido meu – poderíamos pensar que mesmo tendo uma infância na roça, ele nunca saiu para procurar um emprego, ou seja, para ser empregado de uma outra pessoa. Ele sempre procurou criar negócios. Primeiro um bar. Não deu certo. Uma granja. Não deu certo. Uma loja. Deu certo. Da renda da loja comprou uma pousada, uma padaria, construiu casas, etc, etc.
A importância de diversificar a renda
No final do exemplo anterior, já disse sobre a diversificação de renda. Aquele homem, ao invés de torrar o dinheiro da loja que tinha dado certo, foi criando e criando outros negócios. Como cada negócio gerava mais renda, cada vez mais ele ia tendo mais dinheiro. E dinheiro cria dinheiro e foi desta forma que ele construiu sua fortuna.
A importância de diversificar as fontes de renda é muito simples: se na década de 1970, este mesmo homem ganhou muito dinheiro com a sua loja, o mesmo não ocorria em 1990. Se ele dependesse apenas da loja (de uma fonte única de renda) teria problemas na época de sua aposentadoria.
Mas o que mais vemos são pessoas que confiam em apenas uma única fonte de renda. Se pensarmos que nem todos têm talento para ter um negócio, que nem todos são empreendedores, ainda assim é útil lembrarmos da regra da economia que diz: “não depositar todos os ovos na mesma cesta”.
Em outras palavras, se eu tenho uma fonte de renda X… o que acontece se essa fonte seca? E se eu tiver a fonte de renda X, Y, Z, A, B, C, D… o que vai acontecer com meu dinheiro se a fonte de renda X secar?
O princípio é muito simples: entrando dinheiro de vários lugares, terei menos revezes, além do que a probabilidade de se ganhar mais em um mês, em um ano será maior.
Exemplos de como aumentar a fonte de renda
Imagine um dentista recém-formado. O sonho dele é ter o próprio consultório. Ao montar o consultório, este será uma fonte de renda. Se ele também começar a dar aulas na faculdade de odontologia, será uma outra fonte de renda. Se ele criar um site e vender anúncios directos e anúncios do google – por exemplo – poderá criar ainda uma outra fonte de renda. Se montar uma loja com sua esposa ou com seu irmão, terá ainda e mais uma renda e assim por diante.
No exemplo acima, estamos falando de um profissional liberal. Ter apenas o consultório é uma escolha, mas pacientes vem e vão… além do que ele terá um limite para o seu salário – que é o limite de seu próprio tempo.
Imagine o dono de uma loja. A loja é uma pequena empresa mas tem uma renda razoável se compararmos com o salário mínimo. Se o dono da loja tiver apenas aquela loja, novamente, terá apenas uma única receita. Caso comecem a surgir dois, três, quatro concorrentes na cidade, o facturamento da loja pode começar a cair e o empresário vê então sua renda minguar…
Ora, aí reside a importância de ter também outras fontes de renda, ainda que o facturamento mensal actual seja alto. Ele poderia, por exemplo, começar a investir em acções, ou montar uma outra loja ou começar a fabricar certo tipo de produto que não é muito produzido, ou comprar imóveis para alugar ou vender, etc.
Dizendo sobre imóveis, eu fiquei bastante impressionado com um artigo que li certa vez com um dos mais importantes gerentes – de uma rede de fast food. Ele disse que o segredo do sucesso da marca não era vender hambúrgueres, mas ter posse do terreno aonde estavam localizadas as lojas… ou seja, embora vendessem milhares e milhares de sanduíches, a empresa também tinha lucro (e estabilidade) por ter o ponto e a posse de estabelecimentos comerciais nos melhores locais das grandes cidades. Ou seja, mais um exemplo, bastante esperto, de como é possível ampliar o foco e aumentar a lucratividade.

Nota final: No começo do texto, demos a definição e a diferença entre emprego, trabalho e negócio. A ideia aqui era mostrar que ter um emprego – é claro – é algo positivo, é uma fonte de remuneração. Porém, caso você esteja querendo ganhar mais dinheiro, é interessante passar a considerar métodos para ampliar a quantidade de dinheiro que você recebe por mês. Independente do fato de você ter um emprego ou ter um negócio, é altamente recomendável que você diversifique.

Como fazer com que uma criança não tenha inibições

Como fazer com que uma criança não tenha inibições?
Creio que o autor da pergunta, o Enoch, ao fazê-la, estava pensando em inibições sociais, ou seja, a dificuldade de uma criança em dizer ou se comportar entre outras pessoas. Isto já se liga à segunda pergunta, sobre a extroversão e introversão.
Para respondermos a esta pergunta temos que levar em consideração dois factores fundamentais:
- As diferenças individuais;
- A criação de uma criança se dá mais pelos exemplos do que pelas palavras, se dá mais pelo ambiente inconsciente que ela percebe e imita do que pelo que é exteriorizado.
Quando nós queremos que uma criança seja diferente do que ela é (mais extrovertida ou mais falante ou que coma mais ou qualquer outro comportamento), temos que pensar que podemos estar cometendo uma violência com ela. Cada pessoa tem o seu jeito de ser e – como já apontava Carl Rogers – a melhor ferramenta para a mudança é a aceitação. Temos que saber deixar espaço para que a individualidade cresça em todo o seu potencial, incentivando as qualidades, os pontos positivos, as tendências para determinadas áreas.
Quando vamos interferir neste desenvolvimento infantil, nós temos que levar em consideração que falar e explicar o que é certo ou errado – por exemplo – pode ser útil mas muito mais útil é o que nós fazemos e até o que nós escondemos mas está no horizonte da criança, que como tal, tem geralmente uma grande habilidade, inconsciente, para perceber o que acontece ao seu redor.
Então, quando falamos de criação de uma criança, temos que pensar primeiro:
A criança é um indivíduo único. Valorizar a individualidade é fundamental.
Segundo, mudar o outro como uma solução para tudo não é o caminho. Vemos muitos pais que projectam nos seus filhos o que eles deixaram de fazer e isto acaba sendo um fardo desnecessário, inútil e desagradável. Antes de mudar o outro, temos que olhar para dentro e ver o que nós podemos melhorar.
Por exemplo, dizer para uma criança que fumar é errado, enquanto você que é pai ou mãe fuma…
Sobre a timidez infantil, caso seja muito aguda, podemos apenas indicar que a criança seja levada para fazer tratamento com um psicólogo ou psicóloga.
Alunos extrovertidos e introvertidos
A dificuldade de educação em massa, ou seja, aulas para 30, 40 alunos é um problema da própria estrutura escolar como foi concebida já há muitos séculos. O ideal seria um professor para um aluno… mas como isto está fora de cogitação, o professor terá sempre que lidar com um grupo. E, quando falamos de grupo, temos que pensar mais na psicologia social do que na psicanálise e psicologia analítica.
Quando falamos de grupo, temos que entender que existem fenómenos grupais como a formação de um líder e de um bode expiatório (entre outros papéis). O líder é o que coordenará o grupo – no caso o professor e, às vezes, um ou outro aluno – e o bode expiatório é aquele que cumpre o papel de total oposto da média do grupo. Estes são fenómenos que devem ser estudados pelos pedagogos e educadores.
Com relação ao tratamento de introvertidos e extrovertidos, a resposta é bem simples. O professor deve saber reconhecer estes tipos de personalidade e oferecer conteúdos e actividades que contemplem ambos. Também é importante valorizar as duas formas de lidar com o mundo e com si mesmo, não colocando uma como superior à outra.
Filhos únicos e irmãos
Como disse acima, na criação de uma criança o ambiente externo é fundamental. Mas não só o ambiente observável, o que poderia ser filmado e visto por todos mas também o que é vivenciado internamente naquela casa, pelas pessoas próximas à criança. Dizendo desta forma, pode parecer que as falhas, dificuldades, sofrimentos de um pai ou uma mãe seriam apontados como influenciadores de problemas futuros.
Isto não deve ser pensado. O que é importante é que os adultos também têm que conhecer a sua própria psique, com sua sombra (e luz), mas também devem ser mais verdadeiros e honestos, inclusive com o quem tem dificuldade, medo, preocupação.
Em outras palavras, quando vamos tratar uma criança, sempre tratamos das pessoas mais próximas (geralmente o pai e a mãe). Isto porque em geral a criança é muito nova e não tem experiências que sejam realmente problemáticas, excepto em casos graves. Deste modo, ao menos em minha experiência clínica 90% dos casos em que atendi crianças, o problema era com os pais. O sintoma era deles, mas projectado na criança.
Com relação às diferenças entre os irmãos e a diferença que um filho único versus família com irmãos, confesso que não sei o suficiente para dar uma resposta completa. Mas para responder da melhor forma possível, Bianca e amigos, penso aqui no teste de associação de palavras de Jung.
Através deste teste, Jung conseguiu comprovar experimentalmente a existência dos complexos inconscientes, ou seja, de afectos ligados a determinadas palavras (ou ideias) que influenciavam o comportamento no teste e na vida. Além de estudar com o teste os problemas psíquicos de seus pacientes em geral psicóticos, Jung também realizou o teste com pessoas normais e com pessoas da mesma família.
O que ficou comprovado é que, por exemplo, uma mãe e uma filha possuem até certo período da vida, praticamente complexo idêntico. Em uma família com uma filha solteira (vivendo com a mãe) e uma filha casada, havia complexos idênticos mas também outros complexos – na filha casada. Ou seja, mãe e filha solteira tinham complexos idênticos, com alterações em palavras-chave iguais, enquanto a filha casada já apresentava complexos em algumas palavras – como a mãe e a irmã – mas outros já tinham sido modificados, em virtude do casamento.
Com isso, a que conclusões podemos chegar?
Creio que as conclusões que podemos chegar são que os pais influenciam os filhos em seus complexos inconscientes – quer queiram quer não. Existem formas de tornar tais complexos conscientes e modificá-los. A terapia e a mudança de vida (como o casamento ou ir morar longe) certamente modificarão os complexos. Sobre a diferença entre quem é filho único e quem não, talvez possamos imaginar apenas que o nascimento de um irmão ou irmã pode ser fonte de sofrimento para o filho então único. Outro dado é que surgem necessariamente comparações sobre o jeito que um filho é e o jeito do outro.
A comparação não deve ser incentivada em nenhum caso.

Outro dado que também podemos pensar, é que, se a diferença de idade entre os irmãos for grande, o irmão mais velho pode até cumprir uma função como pai e a irmão mais velha cumprir uma função como mãe, tendo maior relevância para o desenvolvimento psíquico do que os pais (Filipe de Sousa (Psicologo).

Como poupar e ganhar muito dinheiro

Quando falamos de ter mais dinheiro, de ganhar mais, de ter mais recursos disponíveis, podemos pensar em uma forma muito simples: poupar! Neste texto, eu procuro demonstrar como gestos simples podem fazer com que em um período de médio a longo prazo podemos ter mais segurança financeira e mais poupança.
Quem já trabalhou em empresas ou estudou um pouco de administração e contabilidade, sabe que no pensamento empresarial existem duas formas de se aumentar a lucratividade do negócio:
- Tendo mais lucros (vendendo mais o produto ou serviço);
- Cortando gastos (poupando mais).
Em contabilidade, aprendemos que descontos são lucros e para toda e qualquer pessoa jurídica (empresas) ou pessoa física (os indivíduos) uma forma de ganhar e ter mais dinheiro é também cortando gastos, obtendo descontos e enxugando os pagamentos, como se diz.
Qual é a importância de poupar?
O Brasil, se comparado com os demais países, é um lugar aonde as pessoas não tem o hábito de poupar. E este é justamente um dos factores que aumenta o juros. Por exemplo, se eu precisar de uma determinada quantia de dinheiro, poderia pedir emprestado para amigos ou familiares, certo? Mas se nenhum deles tem capital, terei que pedir aos bancos. Com isso, os juros aumentam (não só por isso, claro) pois a oferta de dinheiro é mais baixa do que se todos tivessem dinheiro guardado.
A importância de poupar não reside somente no fato de termos dinheiro quando precisamos em uma emergência ou quando aparece uma boa oportunidade. A ideia principal por trás da poupança é justamente fazer com que seja possível trabalhar menos e ter mais. Muitos não se dão conta disso: às vezes não adianta ganhar o dobro, o triplo do salário já que o mesmo pode entrar e sair. Por exemplo:
Imagine alguém que ganhe 2500 meticais. E gasta 2500 meticais. Caso passe a ganhar 2800, vai gastar 2800. Ou seja, continuará tendo poupança zero.
Se, ao contrário, a pessoa ganha 2500 meticais, mas guarda 150 meticais por mês, no final do ano, depois de 12 meses, ela terá guardado 1800 meticais. Terá disponível, então mais do que um décimo terceiro. A reacção de quem não poupa é logo pensar:
- Mas como eu vou guardar dinheiro? O que eu ganho mal dá para os gastos!
Como poupar dinheiro
Uma forma simples e eficaz de descobrirmos formas de guardar dinheiro é fazer o levantamento de todos os nossos gastos. Com os smartphones tornaram-se disponíveis aplicativos muito úteis que ajudam a anotar todas as despesas, desde um cafezinho até a parcela do carro ou do imóvel. Enfim, podemos anotar todo e qualquer gasto na hora no celular e depois podemos avaliar para onde está indo o nosso dinheiro.
Se você não tem um smartphone, você pode anotar em uma folha de papel, em um caderno. O resultado será idêntico. Caso você não tenha paciência ou não seja uma pessoa detalhista e metódica para anotar tudo, faça um levantamento mais geral que também será útil:
Em resumo, faça o levantamento, perguntando:
- O que eu gasto ao longo do mês?
- Quais são as minhas contas fixas?
- Quais são os gastos diários (por exemplo, passagens de ônibus, alimentação fora de casa como almoço, café, cigarro, etc).
- Quais são os gastos no final de semana?
Depois de feito o levantamento veja aonde você pode cortar gastos. Vou dar um exemplo pessoal. Infelizmente, até pouco tempo atrás eu fumava. Mas já desejava parar. Além de outras técnicas um aplicativo que me ajudou foi o seguinte: Get Rich or Die Smoking, traduzindo, Fique Rico ou Morra fumando. O aplicativo é muito legal pois mostra os efeitos positivos de parar de fumar em algumas horas, dias e semanas como também coloca um objectivo (financeiro) e o prazo correspondente para atingi-lo se pararmos de fumar. Digamos eu quero comprar um livro que custa 300 meticais. Se eu gasto 5 meticais por dia com maço de cigarro, gasto 150 meticais por mês. O aplicativo, então, automaticamente vê que eu vou levar 60 dias para comprar o livro, caso pare de fumar.
Com isto, ele estabelece uma relação entre parar de fumar e comprar coisas ou economizar. Eu achei muito interessante e realmente me ajudou.
Dei o exemplo do cigarro, que pode parecer bobagem para quem não fuma, mas pense: você gostaria de ter 1800 meticais hoje? Para viajar, comprar um objecto desejado, investir em educação ou o que for?
Para ter 1800 meticais é muito simples: economize 5 meticais por dia durante 365 dias, durante um ano! Simples, não? Desta forma, vemos claramente que economizando muito pouco todo dia podemos ter um valor legal no final do ano. Se multiplicarmos ainda 1800 vezes 10 teremos 18 mil meticais em dez anos. Para algumas pessoas, 18 mil meticais não é nada, mas para outras será a diferença que fará toda a diferença como dar entrada em uma casa ou realizar um outro grande sonho.
O importante é notar que é simples poupar. Em poucos passos:
- Faça o levantamento dos gastos
- Faça o levantamento do que você pode cortar de gastos
- Deposite o dinheiro em uma conta que não possa mexer ou faça um cofrinho
Quando digo fazer o levantamento do que podemos cortar de gastos, podemos pensar em muitas e muitas coisas, não só do cigarro. Por exemplo, se você costuma tomar café ou almoçar fora, você pode encontrar um local mais barato (e igualmente bom). Se você tem gastos fixos com internet ou tv a cabo, você pode também encontrar planos mais baratos ou então conseguir um desconto que vai fazer valer a pena. (Uma dica é ligar para o serviço e dizer que você quer cortar, normalmente, eles dão um desconto para você continuar).
Descontos são também uma forma de poupança. Se você vai comprar um TV de 4000 meticais e ganha 100 ou 200 meticais de desconto, você pode colocar estes 100 ou 200 meticais para a sua poupança ou investimento. Ao contrário do que muitos pensam, quem tem dinheiro é quem dá valor ao dinheiro. Com pequenas medidas, como cortar pequenos gastos diários, ou conseguir descontos em compras, podemos começar a criar o hábito de poupar e assim ter mais dinheiro no médio e longo prazo.
Outro exemplo, digamos que você faça as compras do supermercado. Se você economizar apenas 50 meticais em cada compra, em 12 meses, terá 600 meticais livres. Pode parecer pouco (ou muito dependendo de cada um), mas será um dinheiro a mais, livre para fazer outras coisas.

Nota final: O objectivo deste texto é alertar a todos o fato de que tão importante quanto aumentar a renda é poupar. Assim como para as empresas, cada um de nós também pode começar a se beneficiar do corte de gastos inúteis ou desnecessários. Pequenas economias no dia-a-dia se transformam em quantidades razoáveis de dinheiro no médio e principalmente no longo prazo. E a poupança não deve ser vista como um cortar o prazer. Conseguir descontos no que se quer comprar, seja na compra de um eletrodoméstico ou nas compras do supermercado, também são formas de criar mais dinheiro.