Introdução 
A ASSOCIAÇÃO PARA REINSERÇÃO SOCIAL DOS EX-RECLUSOS
NACIONAIS - HOKOYANA, é uma pessoa colectiva de âmbito nacional de direito
privado, cujo se reveste de interesse público e social, sem fins lucrativos,
dotada de personalidade jurídica própria e de uma autonomia patrimonial e
financeira, regendo-se pelos presentes estatutos. 
A Associação é criada por tempo indeterminado, e tem a
sua sede na Cidade da Matola, Rua dos Agricultores, nº.779 – Infulene, podendo,
por simples deliberação do Conselho de Direcção transferi-la para outro local,
dentro do País, não obstando por deliberação da Assembleia Geral a criação das
delegações ou representações nos vários pontos do País.
 A Associação
poderá mediante deliberação da Assembleia Geral abrir, transferir ou encerrar,
delegações ou outras formas de representação, ou ainda transferir a sua sede
social para outra província, onde for julgado conveniente para a melhor
prossecução dos seus objectivos.
 A Associação, para
prossecução dos seus objectivos, pode associar-se a outras pessoas singulares
ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, desde que tenham objectivos similares
ou afins.
A Associação tem como objectivo geral reduzir a
ociosidade, dependência económica familiar e Estatal após reclusão através de trabalhos
de produção industrial, artesanal, comercial e outros que serão praticados pela
HOKOYANA com fim único de reduzir o índice de reincidência penitenciário no
geral, dirigindo a sua acção à protecção e reinserção social dos ex-reclusos a
nível nacional e estrangeira residente em Moçambique.
Título
do projecto: Pedido de financiamento
para abertura de 10 tanques piscícolas
O presente projeto dedicar-se-á a reinserção social dos
Ex-internos das penitenciárias nacionais através de desenvolvimento de
actividades de rendimentos para o seu autossustento e um acompanhamento psicológico
assim como jurídico dos mesmos.
Desta forma, este projecto vai comportar duas fases onde
a primeira será a formação de 35 jovens com idades que variam entre 18 a 35
anos em ambos sexos nas áreas de saber fazer segundo o quadro a baixo
fornecidos pela escola de pesca.
| 
   Ordem  | 
  
   Especialidade  | 
  
   Duração  | 
  
   Nível de ingresso  | 
 
| 
   01  | 
  
   Técnicas de
  pesca do peixe em cativeiro  | 
  
   3 Meses  | 
  
   7ª Classe  | 
 
| 
   02  | 
  
   Manuseio da ração
  para alimentar os peixes em cativeiro   | 
  
   3 Meses  | 
  
   7ª Classe  | 
 
Para melhor cumprimento dos objectivos do projecto, na
segunda fase compreendera na abertura de 10 tanques piscícola no distrito de
Moamba-regadio do bloco 1 onde temos espaço com condições favoráveis a pratica
dessa actividade de aquacultura de modo a garantir as actividades do seu
rendimento económico.
Responsável
do Projecto: Carlos Daniel
Nivagara
| 
    Objectivos do projecto  | 
  
   ü  Proporcionar nos Ex-internos uma reinserção social
  baseada no desenvolvimento de actividades de rendimento para o seu autosustento; ü  Apoiar esses jovens em meios necessários para o
  desenvolvimento das suas actividades; ü  Reduzir o índice do envolvimento de comportamentos que
  lhe coloquem em conflito com a lei; ü 
  Reduzir
  a taxa de reincidência penitenciária em Moçambique através de práticas de
  incitação ao ex-recluso pelo gosto ao trabalho manual e intelectual.  | 
 
| 
   Grupo alvo  | 
  
   Ex-internos nacionais
  e estrangeiros com idades de 18 a 35 anos residentes em Moçambique   | 
 
| 
   Fonte de
  financiamento  | 
  
   Governo, ONG’s,
  Empresas e Pessoas singulares de boa vontade  | 
 
| 
   Valor em
  meticais  | 
  
   A associação
  não terá acesso a nenhum valor monetária cabendo somente ao financiador fazer
  as compras dos materiais e serviços a serem usados talvez ao interesse deste
  pode delegar a associação para o fazer consoante os seus desejos.  | 
 
| 
   Período de
  implementação   | 
  
   De Abril a
  Dezembro de 2023  | 
 
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   Responsável
  pela implementação do projecto  | 
  
   ASSOCIAÇÃO
  HOKOYANA  | 
 
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   Comentários gerais  | 
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   Olhando pela
  visão de Alvim (2005), a
  primeira observação que se pode fazer acerca da vida nas prisões é a falta de
  condições de alimentação e de habitação para os reclusos. Tal processo é
  produto do tratamento que, sem estimulação social e afectiva, impede ao
  recluso recuperar seus reais comportamentos.  A falta de privacidade está ligada à atitude
  controladora e repressiva da prisão, que em modo geral é uma agressão
  corporal e psicológica.  É neste âmbito que segundo o autor em prisões em que
  exista trabalho, respeito às normas, educação, assistência social,
  assistência médica, psicológica e jurídica, o preso jamais terá tempo para
  pensar em voltar a praticar crimes. Reinserir não
  é reeducar o condenado para que se comporte como se deseja, mas sim uma
  efectiva reinserção social, a criação de mecanismos e condições para que o
  indivíduo retorne ao convívio social sem traumas ou sequelas, para que possa
  viver uma vida normal (Alvim,
  2005). O não cumprimento desta obrigação pelo estado, o resultado tem sido
  invariavelmente o retorno à criminalidade, ou seja, a reincidência criminal.  O cumprimento
  da pena tem a finalidade ressocializadora, chamando a sociedade à
  participação deste processo. Infelizmente, embora que a lei moçambicana
  assegure ao recluso tratamento humanizado e individualizado, voltado a
  reinserir o indivíduo na sociedade através da educação, da profissionalização
  e tratamento humanizado, parece que não conseguiu ainda o Estado cumprir sua
  própria legislação. A Associação Hokoyana olha para estes fatores como
  sendo importantíssimos e que não devem ser desperdiçados na medida em que por
  exemplo a criação de mecanismos e condições para que o
  indivíduo retorne ao convívio social sem traumas ou sequelas, para que possa
  viver uma vida normal, mas também é
  grande indicador de que o não cumprimento desta obrigação
  pelo estado, o resultado tem sido invariavelmente o retorno à criminalidade,
  ou seja, a reincidência criminal.  . Por outro
  lado, a falta de cuidados e de estimulação por parte da sociedade não só
  conduz a esses jovens ao retorno ao crime, mas também se auto avalia como
  sendo um grupo social diferente que só podem viver num mundo exclusivo deles.  | 
 |
Problema
identificado
Como
referenciamos anteriormente, em moçambique apesar de teremos políticas e leis
que defendem a reinserção social adequada dos internos, a verdade mostra
situações muito diferente dai que, muita das vezes o retorno desses jovens ao
mundo de crimes. Deste modo, Costa (2009), defende
que, a exclusão social implica numa dinâmica de privação aos sistemas sociais
básicos, como família, moradia, trabalho ou emprego, saúde, dentre outros. Não
é outro senão, o processo que se impõe à vida do indivíduo que estabelece uma
relação de risco com algum tipo de preconceito em relação aos comportamentos do
indivíduo.
Em relação aos reclusos, a reinserção assume o carácter
de reconstrução das perdas e seu objectivo é a capacitação da pessoa para
exercer em plenitude o seu direito à cidadania. O exercício da cidadania para o
recluso em recuperação significa o estabelecimento ou resgate dos
comportamentos aprovados socialmente. 
A sociedade re - inclui aqueles que ela exclui, através
de estratégias nas quais os excluídos tenham uma participação activa (Baratta,
1990 citado por Silva, 2001), o termo reinserção social é proposto por Baratta
(1990), em oposição a termos como reabilitação, ressocialização, exactamente
pela responsabilidade da sociedade nesse processo, por submeter que o preso
está sendo compreendido como alguém exactamente igual a todos os demais homens
livre, diferenciando - se pela sua condição de preso. 
Proposta
da solução sustentável para o problema identificado
 É da nossa percepção que a ASSOCIAÇÃO HOKOYANA
através das suas políticas de reinserção social iremos diminuir bastante o número
de reincidência em novos crimes aos internos. Aliás achamos
nós que o processo de reinserção começa com a avaliação social, momento em que
a sociedade mapeia a vida do recluso em aspectos significativos que darão
suporte ao seu enquadramento na vida social, por conseguinte, a reinserção
social do preso se viabiliza na medida em que se promova uma aproximação entre
o preso e a sociedade, em que o sistema prisional se abrir para a sociedade e
vive versa (Silva, 2001). 
O conceito de reinserção social requer a abertura de um
processo de interacções entre os serviços prisionais e a sociedade.
As estratégias de reinserção social não devem ter a
pretensão de promover, no interno, qualquer tipo de readequação de conduta. Não
devem ter pretensão de conscientizá-los sobre seus erros no passado. O recluso
tem que se consciencializar, isto sim, daquilo que ele pode acertar, que ele
pode fazer, de suas qualidades, do cidadão e da força construtiva que existem
dentro dele. 
Ele tem que se fortalecer perante as restrições e os
limites que a realidade lhe impõe. Noutros termos, os programas de reinserção
social só podem ser, de facto, implantados mediante a implementação da
interdisciplinaridade e de um compromisso crescente de todos com a mesma
(Valdejão, 2002).
Neste cenário, segundo Valdejão (2002), ajudar o recluso
a se enquadrar nos sistemas sociais, deve se ter as técnicas de prevenção à
reincidências representaram nos últimos anos grandes avanços na vida dos ex -
internos, a sua reinserção social torna-se, neste milénio, o grande desafio
para a sociedade. Em qualquer fase do desenvolvimento do ser humano, o
reconhecimento social e a influência dos grupos a que pertence são fundamentais
para a manutenção do sentimento de inclusão e de valorização pessoal.
A
relação do problema identificado e solução apresentado com os objectivos estratégicos
da ASSOCIAÇÃO HOKOYANA
Vários estudos e
debates têm mostrado que investir em programas de desenvolvimento socioeconómico
e social dos Ex-internos de qualidade ajuda a eliminar a diferença entre a
sociedade reclusaria e a civil, assim, para uma transição bem-sucedida do
mesmo. No período de reclusão o preso sofre uma gradativa
deterioração pessoal com o empobrecimento dos relacionamentos sociais.
Sentimentos de rejeição, auto - depreciação, insegurança, dentre outros, que
afastam o individuo do convívio social. 
A perda do emprego, da família ou problemas com a polícia
e a justiça o colocam num impasse. A participação na comunidade oferece a
oportunidade de ele reescrever a própria história, a começar com a reparação de
possíveis comportamentos inadequados. A busca de ajuda para prováveis ajustes
comportamentais e a reaproximação de antigos amigos pode impulsioná-lo a
retomar o gosto pelo lazer, pelas actividades culturais e associativas (Costa, 2009)
Os
objectivos a alcançar com a solução proposta
| 
   Objectivos  | 
  
   Indicadores
  de Desempenho  | 
 
| 
   Proporcionar
  nos ex-internos desenvolvimento emocional saudável com boa educação baseada
  em competências;  | 
  
   Ex-internos adaptam-se vidas saudáveis, educados e
  competentes, independentemente da sua condição social ou económica.  | 
 
| 
   Apoiar os ex –
  internos em meios materiais e tecnológicos para o desenvolvimento das suas
  actividades;  | 
  
   Ex-internos apoiados em meios matérias e tecnológicos
  de modo que possam desenvolver actividades de qualidade.  | 
 
| 
   Reduzir o maior
  número de reincidência de crimes pelos internos;  | 
  
   Proporcionadas condições favoráveis para que os
  ex-internos se sintam totalmente integrados na sociedade;  | 
 
| 
   Reduzir a taxa de criminalidade no país.  | 
  
   Ex-internos confiantes e motivados para começarem uma
  vida nova isento de crime.  | 
 
Os
resultados esperados com a solução proposta
| 
   Resultados
  Planeados  | 
  
   Indicadores
  de Desempenho  | 
 
| 
   Ex-internos desenvolvem actividades de rendimento para
  o seu autosustento.  | 
  
   Actividades planificadas e coordenadas com rigor e
  exigidas em técnicas de supervisão.  | 
 
| 
   Maior abrangência do projecto sem descriminação de
  raça, religião ou etnia.  | 
  
   Produção de um regulamento único que poderá guiar o
  funcionamento adequado do projecto.  | 
 
11. Os
riscos e as respectivas medidas de mitigação 
| 
   Riscos  | 
  
   Medidas
  de Mitigação  | 
 
| 
   Fraca afluência dos ex-internos;. Ma gestão dos recursos materiais e financeiro da associação.  | 
  
   Campanhas de sensibilização, através de mídias, redes
  sociais e parcerias com as cadeias. Usar de uma forma transparente os recursos da
  associação e apresentar uma justificação convincente no uso destes.   | 
 
Recurso
Materiais Existentes
Nesta fase inicial ainda não tem nenhum recuso material
apenas recursos humanos.
Responsáveis
diretos pela implementação do projecto
| 
   Nome  | 
  
   Função  | 
  
   Local  | 
  
   Contactos  | 
 
| 
   Carlos Daniel Nivagara  | 
  
   Presidente  | 
  
   Geral   | 
  
   844598206  | 
 
| 
   Orlando Chadreque Nhanombe  | 
  
   Presidente de Assembleia  | 
  
   Geral  | 
  
   842299100  | 
 
| 
   Gina Alberto  | 
  
   Presidente do conselho fiscal  | 
  
   Geral   | 
  
   845870006  | 
 
| 
   Gertrudes Manuel Chirindza  | 
  
   Director provincial  | 
  
   Maputo cidade e Província  | 
  
   842343723  | 
 
| 
   António Daniel Nivagara  | 
  
   Director provincial  | 
  
   Inhambane  | 
  
   847340975  | 
 
| 
   Alberto Subisso  | 
  
   Director provincial  | 
  
   Zambézia   | 
  
   841227118  | 
 
| 
   António Catela Sete  | 
  
   Director provincial  | 
  
   Nampula   | 
  
   848344772  | 
 
| 
   Martins Esperança  | 
  
   Director provincial  | 
  
   Niassa   | 
  
   866461603  | 
 
| 
   Por eleger  | 
  
   Director provincial  | 
  
   Gaza   | 
  
   | 
 
| 
   Por eleger  | 
  
   Director provincial  | 
  
   Manica   | 
  
   | 
 
| 
   Por eleger  | 
  
   Director provincial  | 
  
   Sofala   | 
  
   | 
 
| 
   Por eleger  | 
  
   Director provincial  | 
  
   Tete   | 
  
   | 
 
| 
   Por eleger  | 
  
   Director provincial  | 
  
   Cabo Delgado  | 
  
   | 
 
Email:a.hokoyana@gmail.com
Cordiais saudações
O presidente da
Associação 
_______________________________
(Carlos Daniel
Nivagara)
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