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sábado, 8 de junho de 2013

A influência da supervisão no contexto de uma escola reflexiva

Por: Carlos Nivagara

1. Introdução

A supervisão é uma tarefa que sempre marcou presença nos trabalhos, verificando-se até mesmo nas comunidades primitivas onde a educação se dava de forma difusa e indiferenciada.
O presente trabalho, com o tema: A influência da supervisão no contexto de uma escola reflexiva, pretende-se fazer uma narração que consiste em trabalho de consulta bibliografica e uma análise comparativa de factos reais trazidadas da direcção da Escola Primária Completa Unidade 13. Sendo assim, na primeira parte deste trabalho, depois dos objectivos, problema de estudo e a questão de partida, fazer­se­a a definição de alguns conceitos relevantes e seguida de um desenvolvimento teórico.

Na segunda e última parte, a abordagem insidir­se­a na discusão de resultados em forma de conclusão, procurando trazer em vista os indicadores na qual nos baseamos.

2. Objectivos
2.1. Objectivo Geral
Fazer uma abordagem em torno da influência da supervisão no contexto de uma escola reflexiva.

2.2. Objectivos Especificos
  • Criar uma relação de concitos de acordo com o tema em estudo;
  • Descrever  com evidência o desenvolvimento teórico;
  • Formular uma conclusão com evidencias apartir de trabalho de campo.









3. Problema de estudo e sua justificativa
nos últimos anos, ao analista verificaram que uma das formas para a melhori da qualidade de ensino, seria à adopção de modelos de escolas reflexivas, Moçambique não esta lheia a estas práticas rumo ao mundo globalizado com as escolas eficazes.
A nossa inqurietação reside no facto de que as mudanças boas normalmente são vistas como um processo que não podem ser automáticas. Neste contexto até que ponto as escolas moçambicanas encaram essa realidade?
Neste oredem de i deias estudar este tema tem relevância na medida em que poderá trazer evidências da situação no terreno em relação a supervisão no contexto de uma escola reflexiva e propor sugestões de mudanças caso necessário.

4. Pergunta de partida
Até que ponto a supervisão no contexto de uma escola reflexiva influencia no sucesso escolar?

5. Definiçao de conceitos
supervisão -acção de velar sobre alguma coisa ou sobre alguém a fim de assegurar a regularidade de seu funcionamento ou de seu comportamento.[1]
Escola – espaço de construção, sistematização, apropriação e a socialização do conhecimento. Ao memo tempo pela pluralidade de ideias, valores e as multiplas formas de expressar, os mesmos tornam-se também o espaço de conflitos, oposições.[2]
Educaçao­ para o Libâneo, José Carlos, concedera um conceito amplo que se refere ao processo de  qualidades humanas (físicas, morais, intelectuais, estéticas) tendo em vista a orientação da actividade humana na sua relação com o meio social, num determinado contexto de relações sociais.
Corresponde a toda modalidade de influência e inter­relações que convergem para a formação de traços de personalidade social do carácter, implicando uma concepção de mundo, ideiais, valores, modos de agir, que se traduzem em convicções ideológicas, morais, políticas, princípios de acção frente a situações reais e desafios da vida prática. Por isso, a educação é um instituição social que se ordena no sistema educacional de um país.

  1. Desenvolvimento teorico
para o Canário (1992), apud Isabel Alarcão & José Tavares,  apartir dos anos 80 o estabelecimento de ensino tem vindo a adquirir uma importância cada vez maior nos discursos e nas práticas educativas com resultado de tendências convergentes que se situam em três níveis:
l  nível da  investigação educacional-em que o estabelecimento de ensino emerge como novo objecto científico;
l  nível da mudança educacional-em que a escola aparece como construção social com consequências para a acção e a interacção entre os diferentes actores sociais em presença e;
l  nível da formação-em que se previgia a formação centrada nos estabelecimento de ensino.
A autononmia das escolas, como crolário de responsbilidade institucional, cívica, que lhe é exigida é em si mesma, reflexo de uma nova concepção do papel da escola na sociedade.
Num sentido convergente vai a consciência do significado profissional da actividade do professor, não já numa perspectiva individualista e limitada ao interior da sala de aula, mas como um corpo de profissionais colectivamente empenhados no desenvolvimento e na qualidade da educação que se pratica na escola.
Esta nova visão da supervisão decorre num pensamento de escola como organismo vivo, em desenvolvimento e aprendizagem, norteada pela finalidade de educar através de um plano de acção: o projecto educativo.
6.1.A escola Reflexiva
O cenário reflexivo é visto como uma linha de formação que atribui aos profissionais a capacidade de pensarem a sua prática e de construírem e reconstruírem o seu conhecimento apartir do seu campo de acção, caraterizado por dinâmicas de incerteza por decisões contextualizadas. O agir  profissional do professor não pode ser realizado apenas em situações de isolamento, uma vez a complexidade dos problemas exige tyrabalhos em equipe decorrente da assunção de projectos comuns.
Esta ideia de que o pensamento colectivo ao nível das organizações é necessário para reunir esforços e introduzir mudanças, associada ao reconhecimento da relevância do papel que a escola hoje assume como organização e  à consciência das potencialidades dos seus membros na epistemologia da vida da escola, levou um dos autores à concepção de a escola como “organização que continuadamente se pensa a si própria, na sua missão social e na sua setrutura e se confronta com o desenrolar da sua actividade num processo heurístico simultaneamente avaliativo e formativo” (Alarcão, 2001 a e c; Alarcão, 2002).
uma escola reflexiva é uma escola inteligente, autónoma e responsável que decide o que deve fazer nas situações específicas da sua existência e regista o seu pensamento no projecto educativo que vai pensando para si e experienciando. Caracterizada pela sua sensibilidade aos índices contextuais, é capaz de agir com flexibilidade e resiliência nos contextos complexos e difíceis, diferenciados e instáveis que hoje caracterizam as situações das organizações escolares.
Uma escola reflexiva pensa-se no presente para se projectar no futuro e na continuidade, sempre renovada, da sua história. Não ignorando os problemas presentes, resolve-os no enquadramento hiostórico e cultural que lhes dá sentido e numa visão de melhoria e desenvolvimento futuro.
Ao adoptar uma perspectiva de acção reflexiva, a escola, enquanto espaço de actividade profissional, cria condições de desenvolvimento e aprendizagem aos membros que a constituem (professores e funcionários bem como aqueles que nela têm o ofício de aprender e de aprender a aprender “alunos”).
A escola reflexiva assenta o seu desenvolvimento num projecto institucional vivo que, para além de conceber no papel, realiza na acção e avalia nos seus processos e resultados. A escola é, ela mesma, um projecto, cujo grande objectivo é a formação de novos cidadãos.
6.2.A essência da escola e o projecto educativo
nesta abordagem o projecto de escola é visto como instrumento da construção autonomia do estabelecimento de ensino e como processo capaz de articular e fundir as três tendências : investigação, inovação e formação (Canário, 1992:12), apud Alarcão & Tavares.
Para percebermos o que é um projecto de escola Alarcão & Tavares recoreram em Macedo, (1995:113) que afirma dizendo que um projecto de escola“ é uma carta de definição da política educativa da escola” constituindo em certa medida, o seu ideário.
O projecto aparece assim na sua dimensão de processo e de produto, de preferência e de referência. Se a missão essencial da escola é educar e instruir e se o currículo é instrumental para esse fim, então o projecto deve centrar-se no modo como a escola se organiza para criar as condições de aprendizagem e desenvolvimento capaz de tornar real e vivo o currículo intituído. A referência a currículo deve ser aqui entendida como sendo um conjunto de aprendizagens proporcianadas pela escola e considerads socialmente necessárias num dado tempo e contexto. A noção de currículo é central à de escola e tem de assumir um lugar de primeiro plano no projecto educativo de escopla. Como diz o Roldão (2000:17) apud Alarcão & Tavares, é “o currículo que legitima socialmente a escola, como instituição a quem a sociedade remete a passagem sistemática das aprendizagens tidas como necessárias.”
ligando as duas ideias esplanadas: a escola reflexiva e de projecto educativo da escola, a escola reflexiva têm a capacidade de se pensar para se analizar, projectar e desenvolver. O projecto é uma evidência dessa capacidade. Ele deve basear-se numa visão prospectiva e estratégica do que se pretende para a escola, uma visão interpretativa da sua missão, alicerçada nos valores assumidos pelo colectivo dos actores sociais presentes na vida da escola.
Dessa visão concertada decorrem políticas e metas enquadradoras dos planos de acção operacionais.édestas que devem emergir, de forma mais concreta, os objectivos e as estratégias e com elas se devem equacionar a análise dos recurso disponíveis ou necessários a médio e curto prazo.
O projecto é sempre um construção social cujo processo de elaboração implica a tomada de decisões em relação a valores educativos. Central  ao curriculo e a instituição escola estáa a noção de educação e de aprendizagem, correlacionadas com a de ensino e de avaliação, de onde decorrem as de organização de espaço, tempos e recursos e em relação às quais há que exercer um questinamento crítico capaz de interrogar o status quo e decidir por soluções de continuidade ou de mudança que podem ser mais ou menos radicais e, eventualmente, constituírem uma verdadeira transmutação.
 A construção do projecto é um processo de imoplicação das pessoas, de negociação de valores e percepções, de diálogo clarificador do pensamento e prepador de decisões, de vivência da cidadania e de desenvolvimento do pensamento operacional, realista e crítico, de uma verdadeiro sentimento institucional e social, que confere aos membros um sentido de si próprio.
O projecto da escola, na sua dimenção é um documento apenas. Esse projecto resulta de um processo de pensmento e é o resultado de um processo de vontade para concretizar, na acção, u projecto delineado, o que faz com que ele, uma vez aprovado, se constitua como referência sistemátiaca de actuação de  e avaliação.
Uma escola reflexiva pensa-se e organiza-se para saber como desempenhar a missão de educar num dado contexto temporal e sócio-cultural. Sabe onde está e para onde quer ir. Tem um projecto orientador de acção e trabalha em equipa, pois a escola é constituída por pessoas  animadas por um objectivo comum: como diz o Macedo apud Alarcão & Tavares , a educação é “comunidade educativa, sistema local de aprendizagm e formação: grupo constituído por alunos, professores, pais/encarregados de educação, representantes do poder autárquico, económico e social que, partilhando um mesmo território e participando de uma herança cultural comum, constituem um todo, com características específicas e com uma dinâmica própria” (1995:68).
6.3.Escola reflexiva, uma escola em desenvolvimento e em aprendizagem
as instituições, à semelhança das pessoas, são sistemas abertos. Estão em permanente interacção com o ambiente que as rodeia, que as estimula ou condiciona, que lhes cria contextos de aprendizagem e de desenvolvimento.
Na concepção do seu projecto de desenvolvimento, as escolas devem ter em conta o contexto histórico e socio-cultural em que se inserem, as características dos seus professores e dos seus alunos, os factores organizacionais, a relação com o ambiente que as circunda, as culturas que lhes são endógenas e as que, sendo exógenas, as influenciam, tais como as questões políticas e curriculares.
Uma escola reflexiva , em desenvolvimento e em aprendizagem, cria-se pelo pensamento e prática reflexivos que acompanham o desejo de conhecer a razão de ser a sua existência,. As características da sua identidade própria, os constrangimentos que a afectam e as potencialidades que detém.
A liderança, associada ao diálogo, ao real acesso à informação e à atenção concedida a pessoas e iniciativas, tem sido referida na literatura como condição para criar escolas eficazes, susceptíveis de evoluir e onde é bom estudar, ensina e trabalhar.
A perspectiva de Sange (1994) apud Alarcão & Tavares, assenta num clima organizacional caracterizado por uma actuação de forte dinâmica interpessoal e dialógica orientada por uma visão prospectiva sobre a realidade em mudança.
Na organização inovadora e aprendente, Sange[3] considera cinco componentes estruturadores, com o destaque para o pensamento e o ralacionamento social:
l  a lidença e o equilibrio pessoal;
l  a existência de modelos mentais;
l  a visão partilhada;
l   a aprendizagem em grupo e;
l   o pensamento sistémico.
6.4.A supervisão na escola reflexiva
A supervisão passa a focalizar-se fundamentalmente em dois níveis: a formação (inicial e contínua) e o desenvolvimento profissional dos agentes de educação e a sua influencia no desenvolvimento e na aprendizagem dos alunos, o desenvolvimento e a aprendizagem organizacionais e o seu impacto na vida das escolas.
A sua acção pode desenrolar-se quer ao nível da integração dos novos professores, incluindo os professores estagiários, quer ao nível da profissionalização dos professores vinculados e da formação contínua, quer ao nível dos responsáveis pela gestão intermédia ou de qualquer outro grupo que se constitua numa comunidade de profissionais em desenvolvimento e em aprendizagem, quer ainda ao nível da escola como colectivo.
Não se pretende que os supervisores tenham a função de inspecção, no sentido da verificação da execução de políticas exteriores à escola. Pretende-se sim, que, fazendo parte do colectivo da escola, sintam a responsbilidade de dinamizar as iniciativas que visem a melhoria da qualidade da educação, de acordo com o projecto que a escola construiu para si e que incluem a formação e avaliação dos recursos humanos.
Numa escola autónoma, responsável e que pretende revelar a si própria e à sociedade os frutos do seu trabalho, os processos de auto-avaliação e de divulgação da informação são hoje fundamentais. Ao membro do Conselho Executivo com funções supervisoras  competiria a responsabilidade de colaborar no processo de auto-avaliação e de analisar as suas implicações; apoia ou criar condições e culturas de formação profissional experiencial inerentes à identificação e resolução de problemas concretos, numa atitude de investigação-acção.
6.5.O supervisor como líder de comunidades aprendentes
concebendo a escola como organização aprendente, reflexiva, em desenvolvimento e em aprendizagem implica admitir a existência, no seu meio, de comunidades de aprendizagem sistematicamente interligadas na grande comunidade aprendente  que é a escola.
Na reconceptualização da função dos supervisores na escola reflexiva pode-se atribuir-lhes a função de facilitadores ou líderes de comunidades aprendentes, pois a sua função principal consiste em fomentar ou apoiar contextos de reflexão formativa e transformadora que, traduzindo-se numa melhoria da escola, se repercutem no desenvolvimento profissional dos agentes educativo e na aprendizagem dos alunos que nela encontram um lugar, um tempo e um contexto de aprendizagem.
Competem aos supervisores se quiserem ser lídere de comunidades aprendentes, fazer a leitura dos percursos de  vida institucionais, provocar a discussão, o confronto e a negociação de ideias, fomentar e rentabilizar a reflexão e a aprendizagem colaborativas, ajudar a organizar o pensamento e a acção do colectivo das pessoas individuais.
Fazer supervisão não é um processo meramente técnico. O facto de o supervisor trabalhar com pessoas, factos, contextos, sentidos, relações, previsões e consequências requere capacidades comunicativos-relacionais, observacionais-analíticas, hermenêutico-interpretativas e avaliativas.
Embora num mundo tão complexo e mutável como é o da educação seja impossível definir-se com precisão as competências exactas dos profissionais, nomeadamente dos profissionais do humano e da educação como é o caso dos supervisores, poderão  no entanto apresentar-se algumas como indicadores.
A nova concepção do supervisor em situações organizacionais educativas alargadas implica competências cívicas, técnicas e humanas agrupadas em quatro grandes tipos:
l  interpretativas;
l  de análise e avaliação;
l  de dinamização da formação;
l  de comunicação e relacionamento profissional.

























7. Conclusão
Depois de uma descrição detalhada dos dados teoricos e uma análise comparativa dos resultados que nos foram fornecidos pela direcção da escola em causa, referente a visão geral sobre a influência da supervisão no contexto de uma escola reflexiva, esta mostrou-se satisfeita por ver que existe um esforço por parte do governo na perspectiva da mudança das politicas educativas na tentativa de um poder descentralizado e uma formação contínua dos recursos humanos envolventes.





























8. Bibliografia
ALARCÃO, Isabel & TAVARES, José. Supervisão da prátiac pedagógica, uma perspectiva de desenvolvimento e aprendizagem; 2ª edição revista e desenvolvida; Livraria Almedina-Coimbra; 2003;
LIBANEO, Jose Carlos. Didactica. Sao paulo. Cortez,(colecçaoo magisterio). Série formação de professores;
Httt://democracianaescola.blogspot.com/2009/04/o-que-escola.html














[1]               Fouquié, 1971:452, apude Naura Syria Carapeto Ferreira (org) et all, Supervisão educacional para uma escola de qualidade,CORTEZ, 2ª edição. p14
[2]               Httt://democracianaescola.blogspot.com/2009/04/o-que-escola.html
[3]               Para uma  informação detalhada sobre os cinco componentes de Sange, recomenda-se a consulta de Alarcão & Tavares, supervisão da prática pedagógica, 2ª edição Revista e desenvolvida, 2003. p.138-139.

1 comentário:

  1. gostei do artigo ajuda a abrir amente sobre a pratica remota e actual sobre supervisao por conseguinte melhora a pratica educativa

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