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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

IMPERIALISMO

O IMPERIALISMO 
Por meio de sua exploração do mercado mundial, a burguesia deu um carácter cosmopolita à produção e ao consumo em todos os países. Para desespero dos reaccionários, retirou da indústria sua base nacional. As velhas indústrias nacionais foram destruídas ou estão-se destruindo dia a dia. São suplantadas por novas indústrias, cuja introdução se torna uma questão de vida e morte para todas as nações civilizadas, por indústrias que não empregam matérias-primas autóctones, mas matérias-primas vindas das zonas mais remotas; indústrias cujos produtos se consomem não somente no próprio país, mas em todas as partes do globo. Em lugar das antigas necessidades, satisfeitas pela produção nacional, encontramos novas necessidades que requerem para sua satisfação os produtos das regiões mais longínquas e dos climas mais diversos. Em lugar do antigo isolamento local e da auto-suficiência das nações, desenvolvem-se, em todas as direcções, um intercâmbio e uma interdependência universais.
E isso tanto na produção material quanto na intelectual. (...) Com o rápido aprimoramento dos meios de produção, com as imensas facilidades dos meios de comunicação, a burguesia arrasta todas as nações, mesmo as mais bárbaras, para a civilização. Os baixos preços de suas mercadorias formam a artilharia pesada com que destrói todas as muralhas da China, com que obriga à capitulação dos bárbaros mais hostis aos estrangeiros. Força todas as nações, sob pena de extinção, a adoptarem o modo burguês de produção; força-as a adoptarem o que ela chama de civilização, isto é, a se tornarem burguesas. Em uma palavra, cria um mundo à sua imagem. MARX, Karl e ENGELS, F. Manifesto Comunista. Rio de Janeiro: Zahar, 1982, p. 97
“O mundo está quase todo parcelado, e o que dele resta está sendo dividido, conquistado, colonizado. Pense nas estrelas que vemos à noite, esses vastos mundos que jamais poderemos atingir. Eu anexaria os planetas, se pudesse; penso sempre nisso. Entristece-me vê-los tão clara mente, e ao mesmo tempo tão distantes.” (Cecil Rhodes 1895)
O IMPERIALISMO DEFINIÇÃO• Imperialismo ou Neocolonialismo: fenómeno económico, social, político e cultural ocorrido no mundo de finais do século XIX e início do XX (mais especificamente, entre 1875 e 1914), marcado basicamente pela divisão do planeta entre as potências industriais- capitalistas europeias.
O IMPERIALISMO FATORES GERADORES• Na segunda metade do século XIX, a Revolução Industrial, até então praticamente restrita à Inglaterra, expandiu-se e alcançou outras partes da Europa e do mundo, notadamente Alemanha e Itália recém-unificadas, Rússia, Estados Unidos e Japão.
O IMPERIALISMO FATORES GERADORES• Além disso, a tecnologia industrial sofisticou-se, atingindo vários sectores da produção (metalurgia, siderurgia, petroquímica), ampliando significativamente a produtividade das indústrias.
O IMPERIALISMO FATORES GERADORES• Uma produção crescente de mercadorias exigia novos mercados consumidores de géneros industriais, uma vez que a população europeia, em sua maioria miseráveis moradores das cidades industriais, não detinha poder aquisitivo para consumir, na escala exigida pelas novas indústrias, as mercadorias que saíam da fábricas, onde normalmente trabalhavam. Verificava-se, na Europa desse período, o fenómeno da superprodução.
O IMPERIALISMO FATORES GERADORES• crescimento demográfico: a partir de meados do século XIX, a população europeia passou a crescer em ritmo acelerado, devido, sobretudo, à queda da mortalidade dadas às inovações da ciência médica; surgiu assim um excedente demográfico, formado principalmente, por pobres, que ameaçava a estabilidade da relações sociais na Europa, até porque, esses marginalizados buscavam, cada vez mais, organizar-se em torno das propostas socialistas;
O IMPERIALISMO FATORES GERADORES• busca de matérias- primas: a indústria começava a usar uma tecnologia cada vez mais sofisticada, o que exigia matérias-primas exóticas, encontradas em pontos remotos do planeta, como o cobre, o petróleo, manganês, borracha, etc.
O IMPERIALISMO FATORES GERADORES• busca de investimentos de capital: na Europa, havia um grande capital que não podia ser reinvestido na produção sem agravar o problema do excedente produtivo; assim, esse capital precisava ser direccionado para outras áreas do planeta, favorecendo o controle político e o escoamento de mercadorias nas regiões dominadas pelos países europeus;
O IMPERIALISMO FATORES GERADORES• ascensão do movimento operário: os trabalhadores europeus estavam paulatinamente se organizando em torno dos sindicatos e dos partidos operários, adeptos normalmente das ideologias socialista e anarquista; para neutralizar a força política dos trabalhadores que ameaçava a dominação burguesa, apelou-se para um discurso que minimizava as reivindicações operárias (salário, jornada de trabalho, direitos trabalhistas...) em detrimento da busca da grandeza da nação, da qual todos, mais cedo ou mais tarde, seriam beneficiários.
O IMPERIALISMO CARACTERÍSTICAS• concentração da produção e do capital em um número reduzido de países e indivíduos (alta burguesia);
O IMPERIALISMO CARACTERÍSTICAS• capital financeiro: fusão entre capital industrial e capital bancário, com predomínio deste último;
O IMPERIALISMO CARACTERÍSTICAS• exportação de capitais dos núcleos capitalistas desenvolvidos para a periferia; os investimentos realizados nas colónias ou áreas de influência privilegiavam a infra-estrutura de transportes, energia e comunicações, a fim de agilizar o escoamento das mercadorias e facilitar a dominação;
O IMPERIALISMO CARACTERÍSTICAS• associações monopolistas: surgimento de truzes, cartéis e holdings que controlavam produção e mercados;
O IMPERIALISMO CARACTERÍSTICAS• partilha do mercado mundial e divisão territorial do planeta entre potências industriais; a dominação poderia ser directa - quando uma região se converte em colónia de uma nação - ou indirecta - quando uma nação industrializada estabelece o controlo económico sobre certas regiões, contando, para isso, com a conivência da elite nativa;
O IMPERIALISMO CARACTERÍSTICAS• Darwinismo Social• Transposição da teoria de Darwin acerca dos fenómenos biológicos para os fenómenos sociais• Foi empregado para tentar explicar a pobreza pós- revolução industrial, sugerindo que os que estavam pobres eram os menos aptos (segundo interpretação da época da teoria de Darwin) e os mais ricos que evoluíram economicamente seriam os mais aptos a sobreviver por isso os mais evoluídos.
O IMPERIALISMO CARACTERÍSTICAS• “o fardo do homem branco”:• "The White Mans Burden" justificativa ideológica do imperialismo; os europeus brancos julgavam-se uma raça superior detentora da civilização; os demais povos não-brancos eram considerados, até mesmo biologicamente, inferiores. Cabia, pois, aos brancos a “dura missão” de levar aos que viviam nas trevas da ignorância e da barbárie, a luz da civilização e do conhecimento. Esta propaganda de sabão usa o tema do "Fardo do Homem Branco" para encorajar pessoas brancas a ensinar noções de higiene a membros de outras raças.
O IMPERIALISMO CARACTERÍSTICAS• A África e a Ásia foram os continentes sobre os quais se estabeleceu o imperialismo europeu de fins do século XIX.

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